Lâmpadas nunca foram um produto de grande apelo tecnológico. Desde que surgiram, os produtos mostraram evoluções significativas em relação ao processo de fabricação e ao consumo de energia, como a migração das lâmpadas incandescentes para as eletrônicas. Até agora, no entanto, os produtos nunca entraram na lista de desejo dos consumidores. Mas isso está começando a mudar. O grande impulsionador são os diodos emissores luz, ou LEDs. Usado nas TVs, o componente ganhou escala de produção e começou a invadir o segmento de iluminação, trazendo novas aplicações e concorrentes para o mercado.
As coreanas Samsung e LG e a chinesa Lenovo são algumas das marcas que entraram no mercado de lâmpadas nos últimos tempos. Isso porque a fabricação de lâmpadas LED guarda muitas semelhanças com a de produtos como celulares e TVs, tanto em relação aos processos, quanto aos componentes usados. Além disso, as lâmpadas são uma peça importante no conceito de casa conectada, que vem sendo muito explorado pelas grandes companhias de produtos de consumo. Por meio de aplicativos instalados em tablets e smartphones, é possível controlar se as lâmpadas estão acesas ou apagadas e até a cor do ambiente.
É caso da linha Hue, da holandesa Philips. Com as lâmpadas, o usuário pode elaborar seu próprio esquema de iluminação ou usar modelos prontos. Dá para criar ambientes diferentes em casa sem mudar nada de lugar. Entre as opções disponíveis estão a simulação de um pôr-do-sol e até a reprodução de uma estação de esqui (o tom azulado é relaxante, mesmo sob o calor intenso do verão no Brasil).
A instalação do sistema é muito simples: basta colocar as lâmpadas no lugar dos modelos tradicionais e ligar uma caixinha que vem no kit ao roteador da internet. O aplicativo que controla as lâmpadas é bastante simples e intuitivo, mas é necessário prestar atenção a um detalhe: é preciso deixar o interruptor sempre na posição de ligado. Caso contrário, não será possível fazer o controle das lâmpadas pelo aplicativo.
Além da comodidade, o uso das lâmpadas LED gera economia. A Philips estima uma redução de até 80% no consumo de energia. O preço de aquisição, no entanto, é bem alto. O kit inicial, com três lâmpadas e a caixinha que deve ser conectada ao roteador, sai por R$ 1,3 mil. Cada lâmpada adicional custa R$ 269. Nos Estados Unidos, os preços são US$ 200 e US$ 60, respectivamente. Então, vale a pena esperar a próxima viagem ao exterior para comprar os produtos.
Quem quiser construir um clima romântico pode procurar outra linha da Philips, a Imageo Candle Lights. São pequenos copos de vidro leitoso cujo interior traz uma lâmpada capaz de imitar a luz de velas. É praticamente impossível perceber o artifício. A iluminação obtida copia fielmente o movimento das chamas. Para quem tem criança em casa, a vantagem adicional é a segurança.
Para acender ou apagar a lâmpada, basta inclinar o copo. As velas digitais são recarregáveis. Vêm com uma base que é conectada à tomada. Nos EUA, o conjunto com três velas custa US$ 56. Há uma versão própria para colocar na água. As lâmpadas criam um efeito decorativo ao boiar pela superfície. Dá para usar em piscinas, lagos ou na banheira, dependendo da imaginação do usuário.
Fonte: Valor