Petrobras? Vale? Mercado interno? Nenhuma das opções anteriores. A coluna hoje decidiu tratar do assunto do momento – a Copa do Mundo – e reuniu algumas previsões feitas por bancos de investimento e acadêmicos, a fim de saber as chances de o Brasil vencer o mundial.
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Para se chegar aos “palpites”, foram usados os mesmos modelos criados para identificar tendências do mercado financeiro, prever bolhas, o que, como a própria história mostra, nem sempre funciona. A crise de 2008 é um belo exemplo. Contudo, vale a pena ver os que essas instituições têm a falar sobre a paixão nacional.
O professor Marco Antonio Leonel Caetano, do Insper, resolveu entrar na “brincadeira” e fazer previsões para o torneio usando o índice de “crash” que desenvolveu. O indicador mede o grau de nervosismo da bolsa de valores com base no estudo de sinais para prever terremotos. Ele leva em conta as frequências com que os preços se movem, além de ruídos que sinalizam um mesmo padrão antes de um “crash”.
Com base em dados da Fifa sobre o desempenho desde 1993 do Brasil (o primeiro no último ranking), o índice mostrou que o país não vai vencer a Copa. O indicador, que varia entre zero e 1, mede o risco de reversão de uma tendência de alta da bolsa. Quanto mais próximo de 1, maior a chance de queda brusca.
Na curva do mundial, o índice de “crash” está subindo, rumo a 1. É como se o Brasil estivesse colecionando vitórias, o que aumenta suas chances de sair do mundial. “O Brasil ganhou a Copa das Confederações, foi classificado em primeiro lugar, o que pode levá-lo a relaxar no final”, compara Caetano. Ao testar o índice para eventos passados, quando o Brasil perdeu a competição em 1998 e 2006, por exemplo, o indicador beirava 1, o que sinalizava uma mudança abrupta.
O Brasil, contudo, é apontado como o favorito ao título pelo Goldman Sachs, com 13,76% de chance. Para fazer a previsão, o banco se baseou num estudo de probabilidades que, grosso modo, combina os rankings oficiais da Fifa com uma média de apostas coletadas por diferentes casas.
Já o J.P. Morgan emprestou modelos quantitativos para projetar retornos de ações, alimentou-os com dados sobre preços de mercado, rankings da Fifa e resultados históricos, e fez as previsões para os resultados das partidas. O Brasil foi apontado como o time mais forte. Mas, por conta do calendário dos jogos, a Inglaterra deverá ganhar a Copa. Não é o que mostra o desempenho do escrete inglês até agora.
De volta à realidade, o Ibovespa subiu 1,31% na semana. Na sexta, o destaque foi o volume negociado de Vale, acima dos R$ 2 bilhões, puxado pelo vencimento de opções hoje.
Fonte: Valor