A primeira campanha em grande escala para incentivar o investimento em ações, comparando a carreira do rei Pelé com uma empresa, começa a dar seus primeiros resultados. Das pessoas que assistiram a fase inicial da propaganda, restrita a Belo Horizonte, Curitiba e Campinas, 46% disseram ter intenção de investir em bolsa nos próximos 12 meses, para 13% dos que não viram. O maior retorno foi em Campinas, com 56% querendo investir.

Esse é o resultado do primeiro levantamento de retorno da campanha feito pela bolsa e obtido com exclusividade pelo Valor. Foram ouvidas 240 pessoas não investidoras em ações nas três cidades entre 28 e 29 de setembro.

A pesquisa mostra também que a bolsa precisa trabalhar a imagem das corretoras para atingir seus objetivos. Dos entrevistados que viram a propaganda, 56% disseram que procurariam um banco para investir em ações. Outros 16% não sabem quem procurar e 9% iriam direto à bolsa. Outros 7% chegaram mais perto: procurariam a internet. E apenas 7% disseram que contatariam uma corretora.

Outros 4% procurariam amigos ou vizinhos e 1% iria atrás de um home broker. Entre os que não viram a propaganda, a situação é pior: apenas 2% procurariam uma corretora, 60% iriam ao banco e 16% procurariam a bolsa.

A campanha ajudou também a melhorar a imagem do mercado. Quando questionados se investimentos em ações são tão arriscados quanto jogos de azar, dos que viram a propaganda, 39% disseram concordar total ou parcialmente, percentual que atinge 46% entre os que não viram. O número dos que discordam total ou parcialmente com a comparação com o jogo foi de 54% entre os que viram o comercial, para 43% entre os que não viram.

Uma boa notícia é que o interesse dos que viram a propaganda por aprender a investir em ações é maior: 59% disseram ter muito interesse, para 31% dos que não viram. Apenas 10% dos que viram disseram não querer aprender, menos da metade dos 21% entre os que não viram.

A escolha de Pelé para a mensagem também agradou a maioria: 91% disseram não terem desgostado de nada na campanha. Dos 9% que comprovam que nem Pelé é uma unanimidade, 3% reclamaram que ele era “chato”, outros 2% disseram que ele não passa credibilidade por não ter reconhecido uma filha fora do casamento. Mas, em compensação, 2% reclamaram que o histórico da vida do rei foi muito pequeno no comercial.

A pesquisa mostrou também um bom efeito no público, com 24% dos ouvidos dizendo espontaneamente que viram o comercial, percentual que sobe para 55% na pergunta estimulada. Dos que mencionaram a propaganda espontaneamente, 83% fizeram menção ao objetivo da campanha de popularização.

Fonte: Valor

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