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Dizem as más línguas que os bancos dão guarda-chuvas a seus clientes em dias ensolarados, mas os pegam de volta quando começa a chover. Na crise de 2008, com a expectativa de aumento do desemprego e da inadimplência, por exemplo, a maioria das instituições financeiras fechou as torneiras do crédito e deixou de financiar os clientes com um perfil de risco maior – os mesmos que ganharam acesso a empréstimos nos anos anteriores de bonança.

O que pouca gente sabe é que, no Brasil, quem é proprietário de um imóvel 100% quitado tem uma espécie de guarda-chuva vitalício. Esse privilégio deve-se à disseminação de uma modalidade de crédito conhecida como refinanciamento – também chamada erroneamente de hipoteca. Nas operações de refinanciamento, são liberados empréstimos com algumas das taxas mais baixas disponíveis para pessoas físicas.

No melhor cenário, é possível tomar empréstimos de até 500.000 reais com juros de 1% ao mês mais correção pelo IGP-M. Como comparação, os juros médios cobrados no cheque especial ou no cartão de crédito chegam a 8% ao mês. Mesmo empréstimos tidos no mercado como baratos, como os consignados, não são tão vantajosos como o refinanciamento. Na verdade, entre as poucas linhas mais baratas estão as operações de crédito imobiliário dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que possuem subsídios e incentivos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,43% em maio, depois de avançar 0,57% um mês antes. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o resultado de maio é o menor do ano. A taxa também é a menor para meses de maio desde 2007, quando o IPCA marcou 0,28%.

De janeiro a maio, o indicador subiu 3,09%, superando a taxa de igual período de 2009, de 2,20%. A leitura acumulada no período de cinco meses foi a mais

Em 12 meses, o IPCA avançou 5,22%, próximo da marca dos 12 meses imediatamente anteriores, de 5,26%.

expressiva desde os 3,18% de 2005.

A internet se consolida como o segundo principal meio para a realização de transações bancárias no Brasil, ficando atrás apenas dos caixas eletrônicos (ATMs). Em 2009, os serviços on line responderam por 20% do total de 47 bilhões de operações financeiras feitas pelos bancos, o dobro da fatia registrada em 2003, quando a rede mundial de computadores começava a experimentar um crescimento mais vigoroso no país. Hoje existem, ao todo, 35 milhões de contas correntes que apresentam movimentação pela internet – considerando as atividades feitas num intervalo máximo de 90 dias.

Com a explosão do crédito, as imobiliárias se esforçam para atingir a população de baixa renda. Vale tudo – de “arrastões” na fila do ônibus a bolas de futebol para os filhos de potenciais clientes
Com os dizeres “Aluguel, nem pensar” colocados na lateral, uma van da Sol, divisão de imóveis populares da imobiliária paulista Fernandez Mera, estacionou nas proximidades do terminal rodoviário de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, na manhã de 18 de maio. Antes mesmo de o coordenador gritar a palavra de ordem aos dez corretores uniformizados de camisa amarela – “Vamos à guerra!” -, uma senhora interessada na compra da casa própria já pedia informações. Minutos depois, as dezenas de pessoas enfileiradas que aguardavam no terminal a chegada dos ônibus carregavam nas mãos o folheto verde com a informação de que é possível adquirir um imóvel por 56 000 reais. No final do dia, os corretores contabilizavam nas pranchetas 311 cadastros de interessados. O “arrastão” da casa própria, feito também em saídas de estações de metrô, ruas de comércio popular e dentro de grandes empresas, é uma das estratégias usadas pelos 300 corretores da Sol para vender casas e apartamentos a consumidores que nem sequer sabem que têm renda suficiente para adquiri-los.

O que era para ser um objeto de luxo, voltado para o entretenimento, está aos poucos sendo adotado como ferramenta de trabalho. Brasileiros que compraram o iPad nos Estados Unidos, pensando em ver filmes ou disputar games on-line, estão deixando de lado seus notebooks para usar o equipamento no escritório. O produto, que aguarda homologação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ainda não é vendido oficialmente no Brasil, mas a consultoria Bianchi & Associates estima que já existam 2 mil aparelhos no país, trazidos do exterior. No site Mercado Livre, por exemplo, as vendas de iPads totalizaram 450 unidades até maio. Profissionais do setor dizem que o iPad será lançado no Brasil em agosto, mas a informação não é confirmada pela Apple.

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