As taxas dos juros futuros mais curtos, que abrigam as expectativas para o rumo da Selic, apresentaram alta firme ontem na BM&F, em um movimento amplo de ajuste de posições à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 10,50% ao ano.
O mercado de juros futuros havia chegado ao encontro do Copom dividido. Parte das tesourarias se apoiava em sinais reiterados do Banco Central (BC) de que pretendia reduzir o ritmo de aperto para apostar em alta de 0,25 ponto. Outra ala via no IPCA de dezembro – que levou a inflação do ano passado a superar a de 2012 – motivo suficiente para o Copom seguir na toada de 0,50 ponto.
Como o BC não apenas manteve o ritmo como deixou aberta a porta para novas elevações, os juros futuros mais curtos dispararam. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 – que abriga as apostas para a Selic até o fim do ano – saltou de 10,74% para 10,93%. “O Copom não deu no comunicado sinal claro de que pretende reduzir o ritmo ou interromper o ciclo de aperto. Na dúvida, o mercado jogou os prêmios dos DIs curtos para cima”, diz Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores.
Como o BC não apenas manteve o ritmo como deixou aberta a porta para novas elevações, os juros futuros mais curtos dispararam. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 – que abriga as apostas para a Selic até o fim do ano – saltou de 10,74% para 10,93%. “O Copom não deu no comunicado sinal claro de que pretende reduzir o ritmo ou interromper o ciclo de aperto. Na dúvida, o mercado jogou os prêmios dos DIs curtos para cima”, diz Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores.