Fim de ano, período de férias de verão do brasileiro. Quem está com viagem internacional marcada vai precisar de atenção redobrada. Na sexta-feira à noite, o governo elevou a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre transações com cartões de débito, pré-pago, compra de cheques de viagem (traveller checks) e saques de moeda estrangeira no exterior. A alíquota, que subiu de 0,38% para 6,38% – a mesma do cartão de crédito -, entrou em vigor já no sábado.
A medida tira a principal vantagem financeira do cartão pré-pago, ao equipará-lo ao cartão de crédito, no momento em que conquistava cada vez mais espaço nos gastos de brasileiros lá fora. E suscita a discussão: ainda vale a pena usar o pré-pago em viagens ao exterior ou o cartão de crédito deve voltar a ser usado com mais frequência? Levar mais dinheiro em espécie para fugir da tributação é recomendável?
Apesar da alta do IOF, corretoras não recomendam que o viajante leve mais dinheiro em espécie para pagar menos imposto, além do necessário para os pequenos gastos. Segundo Alexandre Gomes Fialho, diretor de planejamento do Banco Rendimento, dono da corretora de câmbio Cotação, o ideal é levar 80% do valor que a pessoa pretende gastar na viagem no pré-pago e apenas 20% em espécie. “O pré-pago é mais seguro e conveniente do que dinheiro em espécie”, diz.
No caso de perda ou roubo, ele pode ser bloqueado imediatamente e um outro pré-pago é enviado em um prazo médio de 48 horas no caso das principais capitais do mundo, o que não ocorre no cartão de crédito. Na corretora Máxima, diz o superintendente de câmbio, Ricardo Sales, o cartão é enviado com o mesmo saldo em até 72 horas. “Dependendo do país, a pessoa recebe antes.”