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Sessenta milhões de reais, em quatro dias, é o que espera realizar, em volume de negócios, a Brasil Game Show (BGS), maior feira de jogos eletrônicos da América Latina, um resultado 20% superior ao do ano passado. O evento será realizado de 26 a 29 de outubro, no ExpoCenter Norte, em São Paulo, onde são esperados 150 mil visitantes.

Segundo Marcelo Tavares, presidente da BGS, o mercado de videogames no Brasil gira em torno de R$ 1 bilhão por ano e o país já desponta no 4º lugar no ranking mundial de vendas de jogos eletrônicos. Os últimos números consolidados pelo evento mostram um incremento, na venda jogos, de 99% no ano passado em relação a 2011 e de 43% em consoles. Poderia ser melhor, diz Tavares, se o governo não impusesse tantos obstáculos ao desenvolvimento do setor. “Mas esse quadro vem melhorando a cada ano”, diz ele. Prova disso é a presença nesta edição de duas grandes empresas do setor: Microsoft, com o seu console Xbox On, e a Sony, com o Playstation 4.

A luta pelo direito à licença-maternidade por mulheres que adotam ou obtêm a guarda judicial de uma criança começou há quase 15 anos, mas só recentemente a igualdade está próxima de prevalecer integralmente, com mães naturais e adotantes resguardadas pelos mesmos direitos. A verdade é que, à exceção de quem exerce o instrumento jurídico, pouco se fala sobre a importância de se obter a equidade dessa conquista, que vem percorrendo um longo percurso.

A licença-maternidade é um direito previsto na Constituição Federal (art. 7º, XVIII, CF), concedido a todas as trabalhadoras que contribuem para a Previdência Social, com anotação na CTPS, temporárias, autônomas ou domésticas. O valor de licença é igual ao salário mensal e o período mínimo é de 120 dias. As mulheres que não têm salário, mas que decidam contribuir mensalmente para a Previdência, podem usufruir da licença após dez meses de contribuição.

Quando ganhou seu primeiro salário, como modelo publicitária, Naomi, 11 anos, não teve dúvida. Entregou o cheque para o pai investir. Era o sinal de que ela tinha entendido a mensagem. Orgulhoso, George Wachsmann, sócio da gestora de patrimônio GPS, somou os recursos às aplicações que faz para ela e o filho, Michel, 9 anos, desde 2006. No começo, os aportes eram mensais. Depois, passaram a duas vezes ao ano, casados com os bônus.

O portfólio inicial formado por ações e títulos públicos, para aproveitar os altos juros da época, tem hoje somente renda variável. É uma carteira recheada de fundos de ações, valioso pé-de-meia para quando Michel e Naomi concluírem a faculdade. “Eles podem fazer o que quiserem, como comprar um apartamento ou investir em um negócio. A ideia é que seja o primeiro dinheiro deles”, diz Wachsmann.

O sócio da GPS aprendeu em casa a pensar no futuro financeiro dos filhos. No dia em que se formou, ganhou do pai um cheque no valor de 48 mensalidades de uma faculdade particular, correspondentes aos quatro anos sem custos que passou na Universidade de São Paulo (USP). “Usei para comprar meu primeiro carro”, diz. O pai também fez uma poupança, destino que, pela simplicidade, com frequência atrai reservas para a próxima geração. Especialistas em gestão de recursos versam uma cartilha mais arrojada: como a premissa é o longo prazo, o destino preferido para o dinheiro dos filhos é a bolsa. Em véspera de Dia das Crianças, quando o consumismo predomina, por que não aproveitar o momento para dar início à educação financeira de seu filho?

Um fundo formado por carteiras de diferentes gestores de ações é também o destino das reservas de Nicholas, 3 anos. No dia em que ele nasceu e, desde então, a cada aniversário, o portfólio recebe novo aporte. Isso não significa que o dinheiro é fácil para ele. Quando quer comprar um brinquedo, Nicholas precisa recorrer ao seu cofrinho, em que acumula moedas com afinco. Os recursos do fundo de investimentos são só para quando fizer 18 anos. “Fundo para ele até agora é piscina onde não dá pé”, brinca a mãe Renata Luz, sócia da gestora de patrimônio G5.

Gerou muita discussão a mudança na postura do BC quando, nos primeiros meses do ano, passou a sinalizar que, para controlar uma inflação ascendente, teria de puxar a taxa Selic para patamares mais altos dos que os 7,25% que vigoravam naquele momento. Desde então, as taxas de juros de curto prazo saíram de 7,25% para 9% e o IPCA, que atingiu um máximo de 6,70% no período dos 12 meses anteriores, recuou apenas modestamente para 6,08%. E, apesar das ações já tomadas pelo BC, o mercado acredita que ainda mais precisa ser feito. Usando a curva de juros futuros como fonte de inferência para o comportamento da taxa nos próximos meses, é possível concluir que o mercado acredita que a taxa Selic deveria ir para algo um pouco abaixo de 10,50% ao ano até o final de 2013 (e permanecer lá ao longo de 2014).

Esta mudança de rumo na condução de política monetária teve reflexos nos mercados financeiros, principalmente no de juros prefixados. O investidor que se manteve exposto a este segmento ao longo deste ano não foi compensado pelo risco que tomou. O IRF-M (índice que reflete o retorno desta classe de ativos) rendeu até setembro 1,4% contra um retorno do CDI de 5,65% no mesmo período. Apesar dos retornos modestos, será que o pior não ficou para trás e agora é exatamente o melhor momento para aumentar a exposição a uma classe de ativo que já sofreu bastante no ano?

Não é uma pergunta fácil, pois o comportamento futuro de papéis prefixados depende de uma ampla gama de variáveis. Dentre elas, o comportamento futuro da inflação e a própria atuação do BC sejam talvez as mais importantes para determinar se este mercado vai apresentar retornos atraentes no futuro próximo. De maneira simplista, quanto mais atuante o BC e mais estável o comportamento da inflação, melhor para o comportamento dos juros.

O Brasil foi incluído no grupo dos nove mercados mais dinâmicos de 2012 na adoção de tecnologia da informação e comunicação (TIC), mas o consumidor brasileiro continua pagando caro pelas conexões. É o que mostra o relatório “Medindo a Sociedade da Informação”, divulgado ontem pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).

No ranking geral, o Brasil ficou na 62ª posição entre 160 países na pesquisa que mede o nível de desenvolvimento de telefonia, acesso à internet e outros serviços de telecomunicações.

A Coreia, que é dona do acesso à internet mais rápido do planeta, dominou pela terceira vez consecutiva o Índice de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação e da Comunicação.

A posição brasileira no ranking não se alterou em relação ao ano anterior, embora o país tenha apresentado evolução em várias áreas. A UIT indicou uma “melhora significativa” da conectividade das famílias brasileiras. A proporção de famílias com computador cresceu de 45% em 2011 para 50% em 2012, o que equivale dizer que metade das residências no país tem computador.

A proporção de residências com acesso à internet mostrou crescimento ainda maior, de 38% em 2011 para 45% em 2012.

A um trimestre do fim do ano, os aportes em fundos DI superam os saques em R$ 24,1 bilhões. A captação destoa em relação ao histórico. Ao longo de todo o ano passado, ela foi de apenas R$ 6,4 bilhões, depois de seis anos consecutivos de resgates. Em 2013, entraram recursos nos fundos DI em seis dos nove meses. Só em setembro, a captação líquida foi de R$ 5,8 bilhões. O saldo entre aportes e resgates é o maior para o período de janeiro a setembro considerados os dados para uma janela de dez anos levantados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) a pedido do Valor.

Um olhar para a rentabilidade ajuda a entender os movimentos em 2013 do investidor, ainda muito atento ao curto prazo. Os fundos DI, os que mais captam no ano, têm ganho de 5,79% até setembro. Eles fazem parte de um seleto grupo de cinco dentre 21 tipos de fundos que batem o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), em 5,62% no período. Já os fundos de inflação – os mais rentáveis no ano passado – perdem 3,54% em 2013 até setembro e estão entre as carteiras com resgates, assim como alguns tipos de fundos de ações e multimercados.

Os fortes aportes nos fundos DI põem em xeque um discurso, crescente em 2012, de que o investidor estava mais maduro, mais atento a alternativas de investimento e mais afeito à volatilidade. Essa ideia foi reforçada pela atenção dada a produtos diferenciados, como fundos imobiliários, diz Carlos Massaru Takahashi, vice-presidente da Anbima. Parte do movimento se reverteu neste ano. “A conclusão a que se chega é que o investidor estava buscando ativos diversificados de forma oportunista e não planejada”, afirma Takahashi, que aponta esse como um dos grandes aprendizados que 2013 deve deixar à indústria. “A falta de planejamento é o que faz o investidor ter movimentos erráticos, entrando na alta e saindo na baixa e cristalizando prejuízos”, completa.

Em setembro, o Índice FipeZap Ampliado, indicador que acompanha a variação dos preços dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras, registrou alta de 1,2%. Mas embora o ritmo de alta tenha se mantido, ele caiu no Rio de Janeiro, cujo índice registrou a menor variação mensal em cinco anos, de 0,8%. A capital fluminense é a cidade com o preço do metro quadrado anunciado mais caro de todo o país.

Os preços dos imóveis anunciados no país cresceram 12,7% nos 12 meses encerrados em setembro, e 9,8% no ano de 2013. Curitiba teve a maior alta do último mês (3,8%), enquanto Niterói registrou a menor alta (0,2%). Rio de Janeiro, Distrito Federal e Salvador empataram com a segunda menor alta, de apenas 0,8%. Em São Paulo, a alta foi de 1,2%. Em setembro, nenhuma cidade viu retração nos preços pedidos pelos donos de imóveis.

Nos últimos 12 meses, Curitiba, que vem puxando o Índice FipeZap para cima, foi a líder, com uma valorização de nada menos que 32,3%. Vitória vem em segundo lugar, com elevação de 15,2% nos seus preços anunciados.

Segundo o relatório do Índice FipeZap, os preços do metro quadrado anunciado no Leblon, bairro mais caro do país, caíram 124 reais em média, voltando para 22.084 reais. “Isso significa que um apartamento de 80 metros quadrados naquele bairro ficou em média 10 mil reais mais barato no último mês”, diz o relatório. Os aluguéis anunciados no Rio também sofreram retração leve em setembro, de 0,3% em média, após recuo de 0,1% em agosto.

Veja na tabela o desempenho de cada cidade no Índice FipeZap de setembro. Todas as 16 cidades compõem o Índice FipeZap Ampliado, lançado no início deste ano. Sete dessas cidades, em negrito, já compunham o Índice FipeZap Composto, existente desde 2010.

Os fundos de investimentos no Brasil são um dos melhores e mais seguros veículos do mundo. O grau de regulação dos fundos brasileiros sujeitos à Instrução 409 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) bate de longe o da maioria dos países, e a indústria de gestão no Brasil é muito madura, em parte porque os gestores ligados a bancos estão atentos à responsabilidade de quem vai estar no mercado hoje, amanhã e por muito tempo, atendendo milhões de pessoas.

Enquanto nos EUA é comum fundos só apresentarem o valor da cota mensalmente, no Brasil a disponibilização é diária. Aqui, a própria carteira dos fundos é divulgada todo mês pela CVM, e os cotistas podem se defender se alguma coisa não vai bem, chamando uma assembleia. Há também uma tremenda responsabilização do administrador dos fundos, que presta serviços de qualidade a preços muito competitivos. Isso tudo faz os fundos de investimentos sujeitos à Instrução 409 da CVM se destacarem, inclusive em relação às outras opções de investimento disponíveis no Brasil.

Entre essas opções estão os fundos de investimento imobiliários (FIIs), que se popularizaram quando a taxa de juros baixou em 2011-2012. Nem sempre é fácil entender os fundamentos econômicos dos FIIs, porque as características básicas de cada fundo não são apresentadas de maneira muito padronizada – ao contrário dos fundos 409, cuja divulgação de características e custos ficou ainda mais rigorosa com a recente Instrução 522 da CVM.

Uma maneira de evitar de, no caso de FIIs, acabar comparando alhos com bugalhos, nabos ou beterrabas, é analisar seus fundamentos de valor e rendimento ao longo de um ciclo econômico com aqueles de um título com risco de crédito, cujo principal, isto é, o recurso investido, seja indexado à inflação, e o rendimento seja dado por um cupom prefixado sobre esse principal ajustado.

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