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Quando começou a ter problemas para carregar seu smartphone no começo do ano, o estudante Leonardo Florêncio resolveu mandar o aparelho para uma assistência técnica na região do ABC Paulista. O diagnóstico, dado dois dias mais tarde, foi mau contato no conector USB do aparelho.

Como o smartphone estava fora da garantia, o conserto custaria R$ 280, além de levar de 15 a 20 dias para ficar pronto. Florêncio desistiu. “É muito tempo e o preço era mais da metade de um aparelho novo. Não valia a pena”, diz. O estudante ainda tentou fazer orçamentos em outros lugares, mas frente às cobranças de R$ 25 de algumas assistências só para avaliar o celular, ele resolveu comprar um celular novo.

Como Florêncio, milhares de brasileiros enfrentam o mesmo problema todos os dias. Com smartphones e tablets cada vez mais presentes na vida do consumidor, é natural que mais acidentes aconteçam. Mas os custos e a demora para arrumar o que está quebrado têm assustado os consumidores, especialmente quando o aparelho está fora da garantia. A opção, muitas vezes, é comprar um aparelho novo.

Foi o que fez Sandro Cimatti, gerente da empresa de pesquisa CVA Solutions. Há dois anos, ele derrubou seu smartphone duas vezes, gastando R$ 200 em cada uma delas para trocar a tela sensível ao toque do aparelho. Na terceira queda, resolveu comprar um telefone novo de outra marca. “Eu não queria usar aquelas capinhas para proteger o aparelho e não queria gastar com a assistência técnica”, diz.

Segundo pesquisa da CVA, os custos de conserto e manutenção são os itens mais mal avaliados pelos brasileiros no mercado de celulares. O mesmo levantamento indica que smartphones dão mais problemas que os celulares convencionais, os chamados “feature phones”. Apesar de ser uma categoria com produtos mais novos – a média de idade no país é de 20 meses, contra 37 dos “feature phones” – os smartphones já levaram 16% de seus usuários a uma assistência técnica. Nos telefones mais simples, o número é de 14%. Na avaliação de Cimatti, os celulares mais avançados têm mais chances de dar problemas exatamente porque contam com mais tecnologia embarcada.

Uma pesquisa inédita revelou uma dúvida importante enfrentada pela maioria dos trabalhadores no Brasil. O brasileiro não tem a menor ideia sobre quando vai se aposentar. Um levantamento feito pelo HSBC ao qual o Valor teve acesso antecipadamente mostra que 82% das pessoas afirmaram que não sabem com que idade vão poder ou querer se aposentar. É o maior percentual entre os 15 países pesquisados pelo banco. A média internacional ficou em 43%.

Os motivos para essa falta de previsibilidade podem ser vários, segundo Alfredo Lalia Neto, diretor da HSBC Seguros no Brasil. Pode ser a vontade de continuar ativo e produzindo depois dos 58 anos, idade média com que a geração anterior se aposentava, segundo a pesquisa. E também pode ser a dificuldade de projetar a renda total na aposentadoria em razão do fator previdenciário.

Conforme a pesquisa, a questão financeira é ponto relevante no debate sobre a vida pós-trabalho. Mais da metade (56%) das pessoas que já se aposentaram diz que sua remuneração caiu em relação ao salário recebido no último emprego. Nesse grupo, 16% revelam que sua renda caiu mais que a metade; 19% afirmam que a redução ficou entre 25% e 50%; e 21% dizem que a remuneração encolheu até 25%. Somente 11% afirmam que ficou maior.

Apesar de afetar a maior parte dos aposentados, a redução na renda não é prevista pela maioria dos entrevistados que ainda estão trabalhando. Somente 31% dos pré-aposentados esperam que sua remuneração seja menor na aposentadoria e, nesse grupo, apenas 4% das pessoas projetam que ela fique abaixo de 50%.

Os menores ganhos como aposentado se transformam em um problema ainda maior quando o ex-trabalhador descobre que seus gastos não diminuíram quando ele passou a ficar em casa. “A pesquisa mostra que esse custo não cai tanto quanto se imagina”, diz Lalia, do HSBC. “As pessoas acreditam que vão reduzir os gastos, que não vão precisar mais comprar paletó. Mas algumas despesas, como as médicas ou com viagens, podem crescer bastante”, afirma o diretor e responsável, no país, pelo estudo “Vida Após Trabalho”, nono relatório da pesquisa internacional “O Futuro da Aposentadoria”, realizada anualmente pelo banco desde 2005.

As recentes denúncias de espionagem de autoridades e companhias brasileiras por uma agência de informação americana deu ênfase ainda maior a um tema que sempre preocupou os internautas: como aproveitar os recursos de comunicação oferecidos pela internet sem colocar em risco dados sigilosos.

A bem da verdade, os especialistas do setor dizem que não há nenhuma tecnologia 100% inviolável, ainda mais quando a bisbilhotagem é praticada por governos, que contam com amplos recursos e poder de convencimento em relação às empresas de internet. Mas o indivíduo comum tem à disposição uma série de práticas e tecnologias que podem ajudar a preservar sua privacidade nos meios digitais.

Para Fábio Assolini, especialista da Kaspersky, empresa russa de segurança digital, o usuário deve seguir um roteiro com três níveis diferentes. A primeira providência é garantir a chamada criptografia dos dispositivos usados. Isso inclui não só o computador, mas tablets, smartphones e outros dispositivos móveis. A tecnologia de criptografia embaralha os dados sob um código desconhecido dos possíveis invasores. As informações são decodificadas com o auxílio de uma senha definida pelo próprio usuário.

Alguns sistemas operacionais – o software básico dos equipamentos – já contam com recursos de criptografia, caso do Windows, da Microsoft, e do Android, do Google. O usuário precisa ativar o recurso nesses sistemas, mas o procedimento é fácil e pode ser feito sob um passo a passo facilmente encontrado na internet.

A criptografia pode prejudicar o desempenho dos sistemas, deixando as atividades mais lentas, mas esse é um efeito colateral da medida da segurança.

Com os equipamentos protegidos, o próximo passo é criar barreiras para a interceptação dos dados durante a navegação na internet. As empresas costumam ter redes seguras, as chamadas VPNs (Virtual Private Networks). A VPN é uma espécie de túnel particular que corre dentro do grande tubo das comunicações digitais.

O que pouca gente sabe é que o usuário comum também pode contar com a segurança de uma VPN. Dependendo da intimidade que tem com a tecnologia, o internauta tem condições de montar sua própria rede privada, usando softwares gratuitos disponíveis na web, como o Open VPN. Para quem não quer colocar a mão na massa, é possível contratar o serviço de uma empresa especializada. Há dezenas delas na internet: Witopia, Ipredator, ProXPN e TORVPN são alguns dos serviços existentes. O preço varia de acordo com os recursos contratados. Em média, o custo vai de US$ 50 a US$ 70 por ano, um valor pequeno dependendo do tipo de uso que a pessoa faz da rede.

Uma série de precauções na hora de se utilizar de tais serviços evitam problemas para a contabilidade do condomínio

Ao contratar o serviço de um autônomo, o síndico deve ter os mesmos cuidados que tem quando contrata uma empresa. Isso porque é comum as relações com o autônomo serem mais pessoais, o que leva a descuidos, como o de não pedir os documentos necessários, não negociar o preço pelo serviço incluindo o valor da retenção, ou não respeitar regras que evitam a caracterização do vínculo empregatício.

O autônomo, prestador de serviço, é pessoa física que presta serviços em caráter eventual, por sua própria conta e risco, para o condomínio. Porém, como segurado obrigatório da Previdência Social, enquadrado na categoria contribuinte individual, deve proceder a sua inscrição no Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Com esta inscrição, todo o serviço que prestar obriga a uma retenção de 11% ao INSS pelo tomador do serviço.

A obrigação não é tão recente, mas ainda há quem tenha dificuldades para lidar com esta demanda. Mesmo quem conta com a ajuda de uma administradora deixa de cumprir com cuidados simples que podem garantir maior segurança fiscal e jurídica para o condomínio.

CPF e PIS do autônomo – Para começar, é fundamental documentar todo o processo.

“O síndico deve pedir os documentos necessários ao prestador do serviço, pois só com o número de inscrição do CPF e PIS poderá efetuar o recolhimento, do valor retido, à Previdência Social. O pagamento pelo serviço deverá ser feito mediante a apresentação de recibo, onde constarão todos os dados sobre o serviço prestado, como tipo de serviço, valor cobrado e número dos documentos do autônomo. Depois, as guias pagas e cópias dos recibos devem ser arquivadas para comprovação futura, sempre que necessário”, orienta o contador Paulo César Martins Fernandes, que há nove anos está à frente do departamento de contabilidade de uma grande administradora do Rio de Janeiro.  

Nos anúncios de imóveis à venda, é comum deparar-se com frases que associam o tijolo a uma moeda forte, sugerindo que o investimento imobiliário é sempre seguro e protege contra a inflação. O apelo parece especialmente atraente em momentos como o atual: a inflação em patamares elevados levanta a necessidade de se proteger, tradicionais alternativas de renda fixa vêm apresentando muita volatilidade e os imóveis continuam valorizando-se. Mas serão mesmo os imóveis uma moeda imune à corrosão inflacionária? E mais: esse tipo de investimento pode ainda trazer ganhos, considerando-se que os preços já subiram muito, a ponto de o mercado discutir a existência de uma bolha no Brasil?

“É uma ilusão achar que o pior que pode acontecer ao investir em imóveis é que o valor fique estável. Embora não vejamos grandes quedas nominais, quando se desconta a inflação, vê-se que os imóveis podem ter perdas em termos reais”, responde João da Rocha Lima Junior, do núcleo de real estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Essas perdas reais podem ser bem mais frequentes do que imagina o senso comum, mas costumam ser mascaradas por vários motivos. Aqui entra o fator tempo, que confunde o investidor: como as transações no setor imobiliário demoram a acontecer e as pessoas costumam manter os imóveis por longos períodos, sabem apenas que venderam o bem por um preço superior ao da compra. Mas nem chegam a descontar a inflação do período que mantiveram o imóvel para saber se a valorização foi de fato real, não apenas nominal.

Além disso, os preços dos imóveis não são divulgados diariamente como as cotações de ações – e a baixa visibilidade acaba por deixar o investidor sem parâmetros para avaliar se fez um bom negócio. Outro ponto que faz com que os investidores associem o imóvel à proteção contra a inflação é que os contratos de aluguel são corrigidos por índices de preços, especialmente o IGP-M. Assim, a renda derivada do imóvel acompanha a inflação (ainda que de forma imperfeita, pois o proprietário tem de arcar com impostos e benfeitorias no imóvel, além dos períodos de vacância).

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