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A executiva americana Miriam Warren não escreve para nenhuma revista de gastronomia, ou para a coluna de turismo de um jornal. Nem por isso, as avaliações que ela faz sobre os lugares que visita ao redor do mundo deixam de ser uma referência para milhões de pessoas. Afinal, as mais de 3,3 mil análises e dicas que ela escreveu nos últimos anos estão no Yelp, site americano de avaliações de produtos e serviços, e podem ser vistas pelos mais de 108 milhões de visitantes do serviço todos os meses.

Até agora, Miriam não tem nenhuma avaliação de restaurantes, ou outros lugares no Brasil. Mas isso vai mudar nos próximos meses. É que a partir de hoje, o site inicia suas operações no país. E a executiva, que é responsável pela expansão internacional do Yelp, certamente virá ao país com mais frequência. “Acredito que estarei de volta em alguns meses e espero ter uma base relevante de usuários”, disse Miriam ao Valor. Nesta semana, em sua segunda visita ao país – a primeira foi em junho, para acertar os últimos detalhes do lançamento do serviço -, Miriam falou sobre os planos para o país.

O Brasil será o 23º país no qual o Yelp estabelece uma operação. O foco inicial será nas cidades do Rio e de São Paulo. De acordo com a executiva, o país estava nos planos há muito tempo, mas só agora a companhia pôde iniciar suas operações aqui.

O investimento, cujo valor não foi revelado, faz parte da estratégia de expansão internacional iniciada no ano passado, depois da abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de Nova York. No IPO, a companhia captou US$ 107 milhões que serão usados para entrar em novos mercados e fortalecer os negócios na área de dispositivos móveis. “Queremos chegar a todos os países”, disse Miriam.

Muito usado nos Estados Unidos, o Yelp funciona como uma rede social onde as pessoas podem procurar estabelecimentos e serviços perto de onde elas estão (a chamada busca local) e também escrever suas avaliações sobre atendimento e pratos recomendados. Para isso, é preciso fazer cadastro e acessar o site, ou baixar o aplicativo para smartphones. Além de interagir entre si, os usuários do Yelp podem ser contactados por donos de estabelecimentos para esclarecer possíveis dúvidas, ou receber promoções.

Há cerca de 15 anos, especialistas em tecnologia da informação indicaram como uma das grandes tendências a convergência mundial, que prevê a integração de mídias (telefonia, TV, rádio e jornais) e a interação entre usuários de diferentes meios em um ambiente único. O crescimento no número de internautas e o fácil acesso à internet com dispositivos móveis tornaram o cenário mais propício à convergência digital. Um indicador usado para mensurar o tamanho desse mercado é o número de internautas que usam três ou mais equipamentos – televisão, computador, tablet e smartphone – ao longo do dia.

No Brasil, esse mercado já se tornou significativo: no país existem 30 milhões de internautas “multitelas”, que usam diariamente pelo menos três desses equipamentos e fazem interações sobre um mesmo conteúdo nos diferentes dispositivos. Esse número equivale a cerca de 30% dos internautas no país. Esses dados fazem parte de um estudo encomendado pelo Google e realizado pela empresa de pesquisas Ipsos Media CT. A Ipsos Media CT ouviu 1,3 mil pessoas no país.

De acordo com o Google, o total de internautas brasileiros multitelas supera o número de usuários de países como Reino Unido e França, que possuem 16 milhões e 19 milhões de internautas multitelas, respectivamente. Nesses países, esses usuários correspondem a 37% do total de internautas.

“Mais importante que o número de consumidores multitelas é a qualidade dessa audiência no Brasil”, disse Maria Helena Marinho, diretora de conhecimentos marketing do Google Brasil. Em média, disse, os brasileiros multitelas possuem uma renda média mensal três vezes superior à média per capita no país, que é de R$ 783, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trinta e sete pessoas foram multadas ao serem flagradas jogando lixo nas ruas do Centro do Rio até as 10h15m desta terça-feira. Na operação Lixo Zero da prefeitura, que teve início nesta manhã, os agentes já percorreram as seguintes vias: Rua do Ouvidor; Rua Sete de Setembro, Rua Uruguaiana, Rua da Assembleia, imediações do Camelódromo, Rua do Rosário, Avenida Rio Branco, Rua Marechal Floriano, Rua México, Rua Almirante Barroso. Na Central do Brasil, ainda não houve flagrante. Ninguém se recusou a mostrar a identificação. O programa Lixo Zero prevê a aplicação de punições que variam de R$ 157 a R$ 3 mil. Mais cedo, dois menores foram advertidos por jogarem embalagem de biscoito na Avenida Rio Branco, próximo à Rua Sete de Setembro, segundo o secretário de Governo do município, Rodrigo Bethlem

Multado por jogar uma guimba de cigarro no chão, na esquina da Rua da Assembleia com a Avenida Rio Branco, o consultor de beleza Ney Eckhabt, de 51 anos, disse concordar com a iniciativa. Mas acha que o esforço das autoridades para tornar a cidade mais limpa pode esbarrar num fator cultural: o costume do carioca em jogar lixo no chão:

– A cultura do carioca é ser sujo. Não adianta querer mudar essa cultura de um dia para o outro.

Ney foi um dos dez primeiros multados pelos fiscais. Ele recebeu das mãos de um guarda municipal um boleto no valor de R$ 157, impresso num palmtop e que poderá ser pago em qualquer banco ou lotérica.

– Acho certo multar. Mas faltou divulgação. Eles poderiam, por exemplo, fazer uma simulação neste primeiro dia e não aplicar multas de verdade – disse o consultor de beleza, alegando que não sabia do Lixo Zero por passar mais tempo na Europa do que no Brasil.

O empresário Francisco Monteiro costumava dormir mal e acordar cansado pela manhã. Nas últimas semanas, no entanto, ele conseguiu amenizar o problema. E não foi nenhum remédio, ou tratamento que ajudou. O alívio veio de uma pulseira eletrônica. Desde que comprou a Up, da americana Jawbone, Monteiro diz que tem se sentido mais disposto. “Pode ser impressão, mas me sinto melhor”, afirma.

Produtos como a Up fazem parte de uma categoria emergente de dispositivos que levam para peças de roupa e acessórios tecnologias de comunicação sem fio e coleta de dados que antes estavam presentes apenas em celulares e computadores. São os chamados de computadores de vestir, ou “wearable computers”, considerados por muitos a próxima grande onda entre os fabricantes de produtos eletrônicos.

Os primeiros aparelhos a ganhar o mercado partiram de empresas relativamente pequenas, como as americanas Jawbone e Pebble. Mas grandes marcas também têm projetos para transformar os computadores em peças típicas do guarda-roupa. O Google já anunciou o lançamento de seus óculos, enquanto Apple, Microsoft e Samsung estariam desenvolvendo relógios inteligentes, com previsão de chegar ao varejo até o fim de 2014. Elas seguiriam o caminho aberto pela Sony e a Motorola, que no ano passado já apresentaram seus computadores de pulso.

Com os novos dispositivos, as companhias de TI tentam se antecipar a uma pergunta central no setor: qual será o próximo grande sucesso de vendas?

Fabricantes de equipamentos e empresas de software e serviços investem bilhões de dólares todos os anos para tentar criar um produto que se torne um objeto de desejo, mas mesmo depois de seu lançamento é difícil saber se a aposta foi certeira. Basta lembrar que o primeiro iPod, que deu origem a um novo segmento de mercado, foi recebido inicialmente recebido com reticência.

Nos últimos tempos, tablets e smartphones têm atraído a atenção dos consumidores – e servido como uma fonte de receita especialmente farta para os fabricantes. O que não se sabe é até quando isso vai durar. Os smartphones já representam mais de 50% do total de celulares em países como os Estados Unidos, o que muitos analistas consideram um teto de vendas. Daqui para frente, dizem, a expansão será necessariamente mais lenta. Nos próximos dois anos, o mesmo cenário pode se desenhar em países emergentes como Brasil, Índia e China. Com os tablets, a situação é parecida. Por isso, a categoria de “wearable computers” vem ganhando tanta atenção.

Ainda existem muitas dúvidas sobre o modelo de negócios que vai fazer esse mercado funcionar, mas segundo estimativas o número de unidades vendidas pode atingir um volume significativo nos próximos anos. Segundo a empresa de pesquisa ABI Research, serão 340 milhões de dispositivos em todo o mundo até 2017. A marca é muito próxima ao número de PCs que os fabricantes colocaram no mercado em 2012 (352 milhões de unidades) e representa um crescimento de quase sete vezes em um período de quatro anos, segundo a ABI.

Uma das áreas que promete apresentar crescimento acelerado é a de relógios inteligentes – que se comunicam com smartphones e dão acesso a funções como ler mensagens de texto e recusar chamadas. De acordo com a empresa de pesquisa Canalys, 5 milhões de aparelhos desse tipo serão colocados no mercado pelos fabricantes no ano que vem – mais de 10 vezes o número registrado em 2012.

Na avaliação de Joshua Flood, da ABI Research, o grande acelerador do mercado “wearable” tem sido os smartphones, que fizeram com que a tecnologia fizesse parte do dia a dia de milhões de pessoas ao redor do mundo. “Mais de 70% das pessoas não sairia de casa sem seu smartphone”, diz.

O Google pretende colocar à venda, até o fim do ano, o Google Glass, óculos que permitem acessar serviços on-line como mapas, correio eletrônico e bate-papo. Algumas unidades já estão em teste por pessoas de todo o mundo. Uma delas é o brasileiro Walter Longo, presidente da agência New Energy. “É algo que vai mudar o mundo”, diz o publicitário. Segundo ele, leva um tempo para se acostumar ao funcionamento e aos comandos do aparelho e é preciso tomar cuidado para não irritar os interlocutores. “Você fica com o olhar meio vago e as pessoas não sabem no que você está prestando atenção”, diz. As vantagens, no entanto, compensam os eventuais contratempos.

Depois de fecharem o primeiro semestre com quedas superiores a 6% na média, os fundos de ações caminham para fechar julho com um retrato mais favorável. A semana passada – a melhor do ano para o Ibovespa, com alta de 4,1% – garantiu que quatro dos sete tipos de fundos de ações saíssem do negativo no mês. As carteiras setoriais, de sustentabilidade e governança, assim como as que buscam superar o Ibovespa e as que não se apegam a índices, têm ganhos em julho. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O principal índice da bolsa brasileira ainda perdia, até 19 de julho, 0,1% no mês. No ano, a queda era de 22,2%. No acumulado de 2013 todos os tipos de fundos de ações permanecem no vermelho, mas as perdas não vão tão longe. A maior queda, de 13,5%, é dos fundos small caps, com papéis de menor liquidez. A menor perda, de 5,5%, é das carteiras ações livre, que dão ao gestor maior liberdade de seleção de papéis. Em 12 meses, apenas esses fundos e os small caps ainda têm ganhos.

A alta recente, ainda que tenha garantido um respiro aos fundos, não rendeu alívio aos gestores. “O que pressionou a bolsa no primeiro semestre permanece”, afirma Daniel Castro, sócio e gestor de ações da DLM Invista. Enquanto o cenário europeu continua conturbado, diz, a China tem crescimento mais brando e se mantém no horizonte a retirada de estímulos à economia americana. Internamente, os indicadores de confiança cedem e o consumo perde força. “O segundo semestre está se mostrando até mais desafiador do que o primeiro para algumas empresas, principalmente as voltadas para o consumo”, diz Castro.

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