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Sem precisar sair de casa, Mark e Deb Bennett podem passar algumas noites na Dinamarca e na Itália – e até mesmo na Antártida.

Entre 2011 e 2012, a residência deles em alto-mar navegou pelos sete continentes, proporcionando aventuras como passear numa floresta tropical ou observar morsas nas geleiras. Se o casal decide não sair de casa, há cozinheiros disponíveis para preparar-lhes uma refeição. Ou eles podem optar por um dos seis restaurantes a uma curta caminhada do apartamento.

Os Bennets são os donos de uma das 165 residências privativas a bordo do World (Mundo), um navio luxuoso que permite aos seus residentes viver em alto-mar. Inaugurado em 2012, o World é o maior e mais velho navio residencial em atividade. Agora, dois novos concorrentes estão a caminho: o Utopia, um transatlântico com 200 apartamentos residenciais orçado em US$ 1 bilhão e que segundo os empreendedores ficará pronto em três anos, e o Marquette, um navio-condomínio de US$ 110 milhões que poderá ter até 180 unidades residenciais e vai trafegar nas águas fluviais dos Estados Unidos.

Atuais e antigos moradores do World dizem que a vida num navio de luxo realiza suas fantasias de viagens – sem muitos dos incômodos. Os apartamentos são para uso exclusivo dos donos, então roupas e objetos pessoais estão sempre à mão. Os moradores também ficam conhecendo seus “vizinhos” e inúmeros eventos sociais e programas criam uma sensação de comunidade.

“Nunca fica chato”, diz John Demartini, um quiroprático aposentado e autor de livros sobre comportamento humano que há muito considera o World a sua casa. Demartini, que antes morou em Houston, no Texas, e Nova York, pagou cerca de US$ 800.000 por seu apartamento de um dormitório.

Os proprietários das unidades, que variam de quitinete a coberturas com espaço para 12 pessoas, pagam uma tarifa anual de 10% a 15% do preço de compra para cobrir despesas que vão desde o salário dos funcionários até a manutenção do navio. Os moradores vêm de 19 países, dos EUA à Austrália, e têm uma idade média de 64 anos, diz uma porta-voz. Residências já foram vendidas por valores entre US$ 700.000 e US$ 10 milhões, e algumas estão hoje disponíveis para revenda. Bennett não quis dizer quanto pagou por seu apartamento de um quarto.

Muitos proprietários mantêm sua residência principal no seu país de origem e usam o World como sua segunda casa. Bennett, por exemplo, é sócio e diretor de um escritório de advocacia de Dallas, também no Texas, onde ele e sua esposa venderam uma casa à beira de um lago e se mudaram para uma casa menor, de dois quartos, por causa de suas viagens frequentes. Mas mesmo os que moram permanentemente no navio estão sujeitos a impostos e outras obrigações legais em seus países de origem.

Bill Powers espera ser um dos primeiros residentes a bordo quando o Utopia estiver pronto para zarpar. Ele pretende comprar uma unidade de três quartos no navio, no qual os preços das residências variam de US$ 4 milhões a US$ 30 milhões. “Isso satisfaz meu desejo de viajar sem ter que fazer e desfazer malas, passar pela alfândega” e outros inconvenientes, diz Powers, de 55 anos, sócio e consultor de uma firma do setor financeiro.

O Utopia, cujos desenvolvedores incluem o primeiro comandante e a equipe técnica do World, está atualmente na pré-venda, diz David Robb, diretor-gerente da Frontier Group, uma firma sediada em Los Angeles que garantiu o financiamento para a construção. Potenciais compradores podem ver um modelo dos apartamentos num centro de vendas de quase 280 metros quadrados na elegante Rodeo Drive de Beverly Hills, na Califórnia. Além de 200 unidades residenciais que podem chegar a até 575 metros quadrados, os empreendedores dizem que haverá 16 unidades menores para babás e tutores. O navio deve ter também quatro restaurantes, spa, cassino, lojas de luxo e uma clínica médica equipada para cirurgias cosméticas e tratamentos com células-tronco, disse Robb. A taxa anual de manutenção será de cerca de 4,5% do preço de compra.

O consumidor que nos últimos meses voltou a sentir a mão pesada da inflação e chega ao fim do mês com menos dinheiro no bolso, anda assustado com os preços cobrados nos restaurantes. Estes, por sua vez, enfrentam custos crescentes – de alimentos, bebidas, aluguel e mão de obra – e na ponta do lápis registram queda no faturamento e margem de lucro menor. Investimentos estão sendo adiados; novas contratações foram suspensas e demissões começam a ser discutidas.

A queda no faturamento do primeiro semestre – agravada pelas manifestações das ruas em junho e, antes disso, pelos “arrastões” e a lei seca – é estimada em mais de 10%. E a margem de lucro, que há quatro anos estava entre 12,5% e 15%, agora oscila entre 8% e 9% – isso, em uma operação bem administrada, diz Cristiano Melles, presidente da Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), que reúne grandes redes como McDonald’s, Bob’s, Pizza Hut, Giraffas, Outback e Rei do Mate.

“É um momento delicado para o país, de baixo crescimento, e nosso setor vem sentindo grande dificuldade”, diz Juscelino Pereira, dono do Piselli e sócio dos restaurantes Maremonti e La Cocotte e do Zegna Café, em São Paulo.

Há 15 anos no setor, Juscelino, como é chamado pelos clientes, diz que “esta é a crise mais séria” que enfrentou em seus quase 10 anos como empresário. Ele e seus sócios empregam cerca de 400 pessoas. E é com tristeza que reconhecem a necessidade de fazer demissões. “Precisamos enxugar de alguma maneira. Se perdemos receita, não podemos manter a mesma estrutura de custo”, diz Juscelino, que ainda avalia o tamanho do corte a ser feito.

Este quadro mais sombrio também é observado por outras fontes do setor, cujo faturamento anual é estimado em R$ 65 bilhões, o que representa 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB). Se for considerada toda a cadeia, incluindo o atacado que abastece bares e restaurantes, esse mercado é estimado em R$ 182 bilhões, ou 4,06% do PIB. Trabalhadores com carteira assinada somam cerca de 6 milhões (sendo 20% no Estado de São Paulo), ou 8% da força de trabalho brasileira.

Melles, presidente da ANR e sócio da rede de churrascarias Pobre Juan, observa que os preços nos cardápios têm gerado muitas reclamações de consumidores. “Escola de criança, plano de saúde, gasolina, supermercado… Esses gastos não dá para cortar. Com o aumento da inflação, a renda disponível ficou menor e o restaurante virou o vilão da história”, diz.

Assim como o brasileiro sente preços mais salgados em diversos produtos e serviços, os donos de restaurantes também enfrentam aumentos expressivos em seus custos. Nos últimos 12 meses, a alimentação fora do lar mostra um aumento de 11,18% – abaixo da variação mostrada pelo setor de alimentos e bebidas, que sobe 12,80%. Estes dois itens equivalem a cerca de 35% do faturamento de um restaurante.

Existem algumas maneiras de avaliar o preço do seu imóvel. Umas são mais apuradas e indicadas para quem deseja estipular um valor mais preciso ao colocar o imóvel à venda. Outras, mais superficiais, podem ser indicadas para quem apenas quer ter uma noção sobre o valor do seu patrimônio. Confira a seguir o que fazer para precificar seu imóvel.

Consulte um corretor

Para quem precisa definir um valor para o imóvel porque tem o objetivo de vendê-lo, o melhor caminho é a consulta a um corretor de imóveis.

Quando o imóvel é colocado à venda em uma imobiliária o mais comum é que ela faça a avaliação sem cobrar nada por isso. Mas, caso o proprietário queira consultar um corretor apenas para isso, ele cobrará um valor à parte pelo serviço.

Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis divulgam em seus sites uma tabela com os honorários dos principais serviços executados por corretores, como os percentuais de comissões por venda, locações e avaliações do valor do imóvel. Em São Paulo, uma avaliação por escrito é fixada em 1% do valor do imóvel e um parecer verbal custa, no mínimo, uma anuidade do Creci, que em 2013 é de 456 reais.

Segundo o presidente do Creci, José Augusto Viana Neto, na maioria dos casos os corretores visitam o imóvel e sugerem o valor ao proprietário verbalmente. Mas, também é possível solicitar uma avaliação documentada, o chamado “Parecer técnico de avaliação mercadológica”. “Esse documento fornece um valor para o imóvel e explica em detalhes porque foi determinado aquele preço. Ele inclui dados da estrutura do imóvel, comparativos de imóveis semelhantes vendidos na região e informações sobre zoneamento, infraestrutura e de mobilidade urbana”, diz.

Qualquer corretor pode opinar sobre o valor de uma propriedade, mas para elaborar o parecer técnico, o profissional precisa ter o título de avaliador imobiliário, que é garantido a corretores que têm diploma de curso superior em gestão imobiliária ou de especialista em avaliação imobiliária concedido por cursos do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci). É possível consultar a lista dos corretores com título de avaliador imobiliário no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários (CNAI), no site da Cofeci.

Viana explica que o documento é essencial em situações nas quais parentes ou cônjuges em processo de divórcio discordam sobre o valor de um imóvel herdado ou compartilhado prestes a ser vendido. Também é usado em permutas de imóveis ou em caso de inadimplência, quando o imóvel é tomado por um banco e o proprietário considera que a propriedade tem um valor maior do que aquele indicado pela instituição.

Para proprietários que não se encontram nessas situações, o parecer técnico pode ser apenas uma maneira de se resguardar nas negociações. “O parecer técnico é muito bom para que a pessoa não tenha ansiedade ao fazer o negócio, porque o proprietário passa a conhecer o preço de mercado do seu imóvel e entende exatamente se está o vendendo por um preço acima ou abaixo do seu valor”, afirma o presidente do Creci.

A casa térrea, de 120 m2, nem de longe lembra sua forma original. Localizada na rua Aurélia, no bairro paulistano da Vila Romana, a construção ganhou um ar retrô desde a fachada para abrigar a Barbearia Bastos, especializada em barba, cabelo e bigode, como nos velhos tempos. “Eu sentia falta de fazer uma boa barba, mas não encontrava mais uma barbearia que somasse serviço e boa higiene”, diz o analista de sistemas Luiz Carlos Farias Bastos. “Paralelamente, percebia que os homens estavam insatisfeitos com o atendimento em salões unissex”.

Foram dois anos de pesquisa, elaboração do plano de negócios e ajuda de consultorias, entre elas o Sebrae, para desenhar o projeto, escolher o ponto e selecionar a mão de obra. Encontrar barbeiros de ofício é um dos grandes desafios de quem deseja investir no ramo. Não há mais cursos de formação de profissionais e pouca gente está disposta a aprender os ensinamentos passados de pai para filho.

A Barbearia Bastos, que exigiu um investimento de R$ 350 mil sem contar o ponto, abriu as portas em 2011 e em pouco tempo transformou-se em um verdadeiro “Clube do Bolinha”, com direito a um bar no lugar da sala de espera, cerveja gelada, café, TV para não perder um lance do futebol e muitas revistas. O carro-chefe são os cortes de cabelo artesanais à tesoura e a barba feita com navalha e toalhas quentes para abrir os poros. Uma barba completa custa R$ 30 e leva em média 30 minutos para ser finalizada. A barbearia recebe cerca de 300 clientes por mês. A meta é dobrar o número até 2014 e chegar a um faturamento anual na casa dos R$ 700 mil.

Clarice Casz Orlean é a típica frequentadora de shopping centers no Brasil. Funcionária pública do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), tem 48 anos, integra a classe B e vai pelo menos uma vez por semana ao shopping para comprar, passear, comer ou ver um filme. Seu perfil segue a tendência observada na última pesquisa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), realizada em 2012 com 3.240 pessoas em seis capitais do país.

A pesquisa mostra que o público é majoritariamente feminino e se manteve em 55% entre 2006 e 2012. A classe B, a que mais compra, tem ampliado sua importância como frequentadora desses centros comerciais. Em 2006, o consumidor da classe B correspondia a 44% do total de frequentadores de shopping. Seis anos depois, passou a ter participação de 54%.

Dados levantados pelo Secovi-SP no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo revelam que em maio foram abertas 1.790 ações por problemas com aluguel na cidade de São Paulo. O volume é 12,3% inferior aos 2.040 processos de maio de 2012 e 14,8% menor que os 2.100 de abril deste ano.

Entre as ações ajuizadas no mês passado, 83,6%, ou 1.497 processos, ocorreram pela falta de pagamento do aluguel. Historicamente, a inadimplência é a maior responsável pelas ações locatícias.

O diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP, Jaques Bushatsky, justifica a queda no número de processos: “A redução, sem sobressaltos, é esperada desde que a lei 12.112 de 2009 começou a vigorar (em janeiro de 2010). A isso deve-se aliar o incremento dos acordos amigáveis entre as partes, que evitam a abertura de ações judiciais”.

A lei a que se refere o diretor é a nova Lei do Inquilinato, que, em linhas gerais, simplifica e agiliza a retomada do imóvel por falta de pagamento.

Bushatsky afirma que, antes de 2010, quando ainda vigorava a antiga lei, um despejo “rápido” por falta de pagamento demorava cerca de 14 meses, desde a distribuição da ação judicial até o despejo. “Desde a alteração da lei, o processo tem demorado de sete a oito meses. A consequência é uma: os inquilinos sabem que não conseguiriam ‘enrolar’ o processo, que o despejo viria rápido e que não vale a pena arcar com os gastos da contratação de um advogado por uma ação já perdida. Por isso, o melhor é celebrar um acordo”, comenta.

O Facebook decidiu que quer se transformar em um jornal para aparelhos móveis.

A rede social vem trabalhando discretamente em um novo serviço, internamente batizado de Reader (ou leitor, em português), que exibe o conteúdo de usuários do Facebook e de editoras em um novo formato visual adaptado para dispositivos como celulares e tablets, dizem pessoas a par do assunto.

O projeto, que vem sendo desenvolvido pela empresa há mais de um ano, foi criado principalmente para exibir conteúdo de notícias. As versões recentes do Reader se assemelham ao aplicativo da Flipboard para smartphones e tablets que reúne, em um mesmo ambiente, matérias de várias fontes e permite que os usuários folheiem os artigos como em uma revista, dizem as pessoas inteiradas do projeto.

Embora não esteja claro quando o Facebook estará pronto para lançar o produto, se é que o fará, o projeto Reader é um sinal de que a empresa está buscando novas formas de manter os usuários conectados mais tempo no site da rede social em dispositivos móveis e, dessa forma, possibilitar que eles vejam mais anúncios.

Um porta-voz do Facebook se recusou a comentar sobre os planos futuros da empresa para aplicativos de notícias.

Tais esforços no campo de aparelhos móveis são fundamentais à medida que o Facebook tenta dar impulso à cotação de sua ação, que permanece 35% abaixo do preço de sua abertura de capital.

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