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Os elevados preços do mercado imobiliário já não se restringem mais aos imóveis. Vagas de garagem também têm sido vendidas a preços, no mínimo, impressionantes. No centro do Rio de Janeiro, onde a venda de vagas é mais comum, algumas chegam a ser comercializadas por mais de 100 mil reais.

Os preços são reflexos da escassez de locais para estacionar, principalmente em regiões comerciais. Com falta de vagas nas ruas e estacionamentos carríssimos, proprietários de veículos têm percebido que vale mais a pena desembolsar 30 ou 40 mil reais por uma vaga (preço comumente praticado no Rio de Janeiro) do que pagar a mensalidade do estacionamento.

O advogado Tiago Gomes comprou uma vaga por 30 mil reais no centro do Rio de Janeiro e diz que fez um ótimo negócio. “Eu esperei um ano até que houvesse uma vaga disponível para compra e logo que apareceu eu comprei. Meu escritório não tem garagem, então eu ia até o trabalho de táxi ou pagava 50 reais de diária no estacionamento”, conta.

Ele explica que no centro do Rio de Janeiro é muito comum a venda de vagas nos chamados edifício-garagem, prédios que chegam a ter até 15 andares e funcionam como estacionamentos. Alguns possuem elevadores de acesso aos andares superiores e outros rampas. Um dos exemplos é o Terminal Garagem Menezes Côrtes, que possui 16 andares e 3.500 vagas. O edifício não tem vagas à venda no momento, mas o aluguel de um box custa 746 reais por mês.

As vagas geralmente são vendidas nesses tipos de edifício ou em estabelecimentos comerciais. Em 2012, uma lei proibiu a venda e o aluguel de vagas de garagem em prédios residenciais para pessoas de fora do condomínio. A regra foi criada para garantir maior segurança aos moradores e agora a única maneira de se alugar ou vender vagas de garagem é com a aprovação de dois terços dos moradores em votação durante assembleia.

No classificado de imóveis online Zap Imóveis é possível fazer uma busca por vagas de garagem filtrando a pesquisa da seguinte forma: “Imóveis”>”Comercial”>”Tipo”>”Box/garagem”.

Investimento

Se de um lado existe a demanda, do outro existe quem ganhe dinheiro com isso. O senhor Luigi (que não quis informar o sobrenome), um italiano que vive há 12 anos no Rio de Janeiro, encara a compra e venda de vagas como investimento. O aposentado já comercializou cinco vagas de garagem no centro do Rio e sempre obteve lucro ao fim do negócio.
“Aqui no Brasil o pessoal ainda não entendeu muito esse negócio de vagas, mas na Itália era muito comum e eu já fazia esse tipo de investimento lá porque na Europa é muito difícil encontrar vaga de garagem. Em Roma, algumas são vendidas por 60 mil euros”, diz Luigi.

Eles têm tela maior que a de um celular, pesam em média 600 gramas – muito menos que os dois quilos da maioria dos notebooks – e são equipados com telas sensíveis ao toque, que permitem um uso muito mais intuitivo que os tradicionais mouse e teclado. Tudo isso colocou os tablets entre os aparelhos favoritos para consumir conteúdo e acessar a internet. Agora, à medida que se disseminam, esses dispositivos começam a expandir suas fronteiras originais e ganhar novas funções, muitas vezes inusitadas, em áreas como saúde, educação e segurança. Os equipamentos têm outro ponto a favor: os modelos mais vendidos custam bem menos que um laptop.

Segundo a consultoria IDC, foram vendidas mais de 3 milhões de unidades de tablets no país em 2012, quando o preço médio do equipamento caiu 31% em relação a 2011. Hoje, 44% das vendas são de aparelhos com preço inferior a R$ 500. Neste ano, a demanda por tablets vai ultrapassar a de computadores convencionais no Brasil, prevê a IDC.

A educação é uma das novas áreas mais férteis. No Sistema Ari de Sá de Ensino (SAS), em Fortaleza, o tablet chegou à sala de aula em caráter experimental no ano passado. Atualmente, está nas mãos de 820 alunos do ensino médio e da 9ª série do ensino fundamental, que representam 20% dos alunos dessas séries. Cada pai compra o aparelho do filho, mas a escola estuda adquirir os dispositivos a partir do ano que vem. “Estamos conversando com alguns fabricantes. Para ser usado em classe, o aparelho deve ter características específicas”, disse Andrey Lima, gestor de tecnologia do SAS. O tablet precisa ter no mínimo tela de 9,7 polegadas, autonomia de seis horas e meia e não pode acessar a internet por meio da rede 3G de telefonia móvel, para evitar que os alunos fiquem navegando na web em horários não autorizados.

Uma recente pesquisa da consultoria britânica Informa Telecoms & Media revelou que, até o fim do ano, o número de mensagens de celular enviadas por aplicativos gratuitos, como o WhatsApp, vai representar o dobro dos torpedos transmitidos no mundo. Os usuários têm optado pelos aplicativos via internet no lugar do serviço de mensagens curtas (ou SMS, na sigla em inglês), por conta da gratuidade. Em média, mostra a pesquisa, as pessoas mandam cinco torpedos por dia, contra 33 mensagens via aplicativos.

Essa é uma má notícia para as teles, que veem uma fonte de receita importante minguar. No Brasil, o cenário é diferente. Dados da consultoria Frost & Sullivan, levantados a pedido do Valor, indicam que o negócio com SMS cresceu 20,9% no ano passado, para R$ 5,2 bilhões. “Nos últimos dois anos, as operadoras passaram a oferecer o SMS dentro de um pacote de serviços, e não cobrado à parte, como costuma ser feito no exterior”, afirmou Renato Pasquini, consultor da Frost & Sullivan. “Isso diminui bastante o custo médio do torpedo, o que desestimula a migração para os aplicativos gratuitos”.

Há outro motivo que ameniza a ameaça dos aplicativos gratuitos no Brasil. Os programas precisam de smartphones para funcionar, mas esses equipamentos ainda são minoria no país. A maior parte da base é de telefones menos sofisticados, que não comportam os aplicativos, disse o consultor Jorge Monteiro, da Superfones. De acordo com a consultoria Nielsen, só 36% dos aparelhos móveis no país são smartphones.

Nigel Thorley foi criado entre carros da marca Jaguar. Entre os automóveis de seu pai, havia um Jaguar SS e os modelos Mark VII, IX e X. Ele próprio já teve mais de 60 carros das marcas Jaguar e Daimler. Hoje, ele usa um moderno XJ8 e um Mark VIII, de 1958. Thorley, editor da revista “Jaguar Enthusiast”, faz parte de um crescente número de entusiastas de automóveis clássicos que os adquirem por amor, mas também como investimento. Os carros clássicos antigos tiveram uma valorização de 395% nos últimos dez anos até o fim de 2012, superando moedas de ouro, selos, obras de arte e vinhos finos, de acordo com o índice de luxo Knight Frank. Apenas no ano passado, o mercado de carros clássicos registrou ganho de 23%.

“Os carros clássicos são um dos investimentos mais lucrativos e robustos disponíveis, dependendo de marcas e modelos”, diz Gary Axon, porta-voz da Goodwood Motorsport. Nos últimos três a quatro anos, os valores dos automóveis clássicos antigos resistiram à recessão, revelando-se um investimento tão prudente quanto em dois outros produtos que se revelaram à prova da atual recessão: obras de arte e vinhos clássicos.

Mas tem sido uma tarefa difícil investir no mercado de carros antigos. Durante anos, foi difícil monitorar os preços, porque, ao contrário do que acontece com vinhos, ouro ou outras commodities negociadas, não havia um mapeamento mais amplo e independente das tendências. Então, em 2007, o banqueiro Dietrich Hatlapa levou sua paixão por carros clássicos um passo adiante e criou o primeiro e respeitado índice independente, associado à organização de pesquisas Historic Automobile Group International.

Pelas regras do Fundo de Garantida do Tempo de Serviço (FGTS), o levantamento de recursos do fundo para quitar parcelas de financiamento habitacional em atraso só pode ser feito quando houver até três prestações atrasadas. Mas algumas decisões judiciais já vêm permitindo que os mutuários com dificuldade de pagar consigam usar o FGTS para quitar mais do que três parcelas em atraso.

Foi o que ocorreu com um cliente recente do advogado Marcelo Tapai, especializado em direito imobiliário. Ele teve problemas financeiros e ficou com nove parcelas atrasadas. Ao procurar o banco e solicitar o levantamento de recursos do FGTS para quitá-las, a instituição financeira se recusou a fazê-lo. Em seguida, notificou o devedor e levou o imóvel a leilão.

“Ao contrário do que muita gente pensa, a notificação do devedor ocorre extrajudicialmente. Nada passa por processo judicial. Se o devedor não pagar o débito em até 15 dias a partir da notificação, o imóvel vai a leilão. Muitas vezes ele nem fica sabendo”, alerta Marcelo Tapai, que acrescenta que quem é notificado por esse motivo deve entrar em contato com o banco imediatamente para resolver a questão.

De acordo com os dados calculados pelo Banco Central (BC), o preço dos imóveis residenciais subiu quase 30% entre o fim de 2010 e janeiro de 2013. O aumento foi duas vezes maior do que a inflação no período.

Os investidores que aplicam em imóveis comerciais para lucrar tanto com a valorização das unidades quanto com a renda dos aluguéis tiveram ganhos ainda mais expressivos, de cerca de 60% em alguns casos. Essa foi, por exemplo, a rentabilidade média dos fundos imobiliários, de acordo com o Índice de Fundos de Investimento Imobiliário da BM&FBovespa (Ifix).

O indicador da bolsa reúne as carteiras imobiliárias com os maiores volumes de negociação no mercado secundário. O retorno considera tanto a alta do preço das cotas quanto os rendimentos distribuídos.

Já a valorização dos imóveis residenciais é estimada pelo Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R). O índice passou a ser divulgado pelo BC recentemente e acompanha a tendência de longo prazo dos preços das residências que são dadas em garantia para os empréstimos habitacionais contratados junto às instituições financeiras em 11 regiões metropolitanas do país.

As experiências recentes da Caixa Econômica Federal e do Bradesco na modalidade de crédito conhecido como “home equity”, que consiste em refinanciar a casa própria, mostram que o produto, embora ainda longe de alcançar a expressividade do crédito consignado, aquele com desconto das parcelas no contracheque, já está se firmando no portfólio de grandes instituições financeiras.

Tanto assim que é crescente o número de bancos que buscam uma atuação mais forte no “home equity”, nome da modalidade em inglês, em que o cliente toma um empréstimo bancário dando seu imóvel como garantia. O Santander, por exemplo, fez estudos sobre o tema no ano passado, e agora reposicionou o produto dentro do banco. O Banco do Brasil, que entrou no filão imobiliário no ano passado, também mira expansão da modalidade. Por fim, a Credipronto, joint venture entre Itaú Unibanco e a imobiliária Lopes, vai relançá-lo neste ano.

Os grandes bancos juntam-se aos de médio porte, que veem no refinanciamento imobiliário uma forma de entrar no bom momento do crédito de imóveis, mesmo sem acesso às fontes tradicionais de recurso para esse tipo de empréstimos. Além do Pan (atual PanAmericano) e do Intermedium, já tradicionais na modalidade, engrossam a lista de médios no “home equity”, o BMG e o Paraná Banco.

No caso da Caixa, o “home equity” representava, em janeiro de 2013, 8% da carteira de crédito comercial à pessoa física do banco (exclui habitação). Em março, a carteira de crédito comercial pessoa física do banco era de R$ 62,29 bilhões. Em janeiro de 2012, a modalidade era 5,5% da mesma carteira e, em 2011, apenas 1,2%.

A Caixa também informa outros dados que sustentam a tendência consolidação da modalidade em seu balanço. Em 2012, o banco contratou algo próximo de R$ 3,4 bilhões, o que representou um incremento de 120% no estoque da operação ante 2011. A projeção da Caixa é que o saldo da modalidade cresça pelo menos 60% em 2013, e o banco promete que, em breve, vai voltar a investir na propaganda do produto. Até abril, o banco já havia contratado R$ 1,11 bilhão na modalidade neste ano.

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