Programa prevê criação de selo que ateste requisitos mínimos de qualidade na prestação de serviços das administradoras
A autorregulamentação das empresas de administração condominial é um tema que vem sendo amplamente debatido por duas importantes entidades que atuam neste segmento: o Secovi-SP, Sindicato da Habitação, por meio de sua vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios, e Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).
As entidades estudam a definição de um programa de autorregulamentação para o setor, que prevê a criação de um selo que ateste requisitos mínimos de qualidade e que tem previsão de lançamento para outubro deste ano. Até lá é importante estar por dentro dos debates.
Atestado de qualidade – De acordo com a assessoria de imprensa do Secovi, o Estado de São Paulo possui quase 3.100 administradoras, das quais 450 estão localizadas na capital. Com tantas empresas e nenhuma regulamentação obrigatória, se torna mais difícil identificar a idoneidade na hora de contratar ou pedir a assessoria de uma empresa.
Por esta razão, e visando dar um passo a mais e abrir caminho para uma futura lei que regulamente o segmento profissional, a proposta formulada pelo Secovi- SP e a Aabic criará um selo de qualidade para as administradoras que foram aprovadas.
“Os requisitos mínimos ainda estão sendo definidos, mas já sabemos que entre eles estará o tempo que a administradora tem no mercado”, conta o diretor de Administradoras do Secovi-SP, Marco Gubeissi.
Garantia de idoneidade – Para o diretor de condomínios Roberto Piernikarz, a certificação trará benefícios tanto para os profissionais que atuam na área quanto para os usuários finais dos serviços, ou seja, síndicos e moradores de condomínios.
“Hoje qualquer empresa pode se passar por uma administradora e isso é muito ruim para a classe. A autorregulamentação trará mais qualificação para os profissionais da área e mais certeza de qualidade para quem os contrata”, opina.
O programa inicialmente estará presente apenas no Estado de São Paulo. Segundo Gubeissi, posteriormente haverá parceria com os Secovi de outros Estados, e o projeto de autorregulamentação será estendido às demais localidades do País.