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Equipamentos deficitários para combater incêndio, instalações elétricas defasadas e corrosões em elementos estruturais são alguns dos maiores problemas encontrados nos prédios do Rio pelos profissionais que vêm fazendo a vistoria nas edificações da cidade. Segundo a prefeitura, 53,66% dos 7.102 edifícios que já entregaram os laudos sobre seu estado de conservação, atendendo à Lei da Autovistoria, precisam de reparos.

Mas, esse percentual pode ser ainda maior. Afinal, do total de 270 mil edificações que precisam passar pelo exame, apenas 2,63% cumpriram a determinação até o momento. A legislação entrou em vigor em julho de 2013 e, depois de uma prorrogação em janeiro, os condomínios têm agora até 1º de julho para entregar seus laudos. A regra vale para edificações residenciais e comerciais de três pavimentos ou mais.

Prédios residenciais são maioria

Mas, aparentemente, apenas os residenciais têm se preocupado com a nova lei. Eles são 87% dos prédios que já entregaram os laudos à prefeitura. O restante se divide em 8% de comerciais, industriais e shoppings, e 5% de uso misto (residenciais e comerciais).

Levantamento da Delphi Consultoria mostra que entre 1.500 prédios vistoriados pela empresa desde julho, 65% apresentaram problemas.

Já tive que mandar isolar áreas de prédios porque o risco de queda de reboco era iminente. Às vezes, até parece problema bobo. Mas se parte do revestimento cair do oitavo andar em alguém, pode matar alerta David Gurevitz, diretor da Delphi.

Outros problemas comuns são extintores vencidos, falta de portas corta-fogo e instalações elétricas velhas, cheias de gatilhos que não suportam mais a carga consumida pelos apartamentos.

O que acontece é que nos últimos 15, 20 anos, nós passamos a usar em casa quantidade maior de equipamentos elétricos e eletrônicos. Um prédio que não tenha aumentado a carga ou renovado as instalações, com certeza, está inadequado observa Agostinho Guerreiro, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea/RJ), uma das entidades que têm promovido debates sobre a lei.

É que a nova regra ainda gera muitas dúvidas em síndicos, administradores e até mesmo nos profissionais que fazem o serviço, já que sua regulamentação não estabeleceu critérios claros para a apresentação dos laudos, por exemplo. Isso acaba gerando questionamentos como a necessidade de se vistoriar as áreas internas das unidades privativas e não só as partes comuns.
Em média, as áreas comuns correspondem a 25% da área construída de um prédio. Então, não há como garantir a segurança sem verificar as áreas privativas afirma Sydnei Menezes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ).

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