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A casa térrea, de 120 m2, nem de longe lembra sua forma original. Localizada na rua Aurélia, no bairro paulistano da Vila Romana, a construção ganhou um ar retrô desde a fachada para abrigar a Barbearia Bastos, especializada em barba, cabelo e bigode, como nos velhos tempos. “Eu sentia falta de fazer uma boa barba, mas não encontrava mais uma barbearia que somasse serviço e boa higiene”, diz o analista de sistemas Luiz Carlos Farias Bastos. “Paralelamente, percebia que os homens estavam insatisfeitos com o atendimento em salões unissex”.

Foram dois anos de pesquisa, elaboração do plano de negócios e ajuda de consultorias, entre elas o Sebrae, para desenhar o projeto, escolher o ponto e selecionar a mão de obra. Encontrar barbeiros de ofício é um dos grandes desafios de quem deseja investir no ramo. Não há mais cursos de formação de profissionais e pouca gente está disposta a aprender os ensinamentos passados de pai para filho.

A Barbearia Bastos, que exigiu um investimento de R$ 350 mil sem contar o ponto, abriu as portas em 2011 e em pouco tempo transformou-se em um verdadeiro “Clube do Bolinha”, com direito a um bar no lugar da sala de espera, cerveja gelada, café, TV para não perder um lance do futebol e muitas revistas. O carro-chefe são os cortes de cabelo artesanais à tesoura e a barba feita com navalha e toalhas quentes para abrir os poros. Uma barba completa custa R$ 30 e leva em média 30 minutos para ser finalizada. A barbearia recebe cerca de 300 clientes por mês. A meta é dobrar o número até 2014 e chegar a um faturamento anual na casa dos R$ 700 mil.

Clarice Casz Orlean é a típica frequentadora de shopping centers no Brasil. Funcionária pública do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), tem 48 anos, integra a classe B e vai pelo menos uma vez por semana ao shopping para comprar, passear, comer ou ver um filme. Seu perfil segue a tendência observada na última pesquisa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), realizada em 2012 com 3.240 pessoas em seis capitais do país.

A pesquisa mostra que o público é majoritariamente feminino e se manteve em 55% entre 2006 e 2012. A classe B, a que mais compra, tem ampliado sua importância como frequentadora desses centros comerciais. Em 2006, o consumidor da classe B correspondia a 44% do total de frequentadores de shopping. Seis anos depois, passou a ter participação de 54%.

Dados levantados pelo Secovi-SP no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo revelam que em maio foram abertas 1.790 ações por problemas com aluguel na cidade de São Paulo. O volume é 12,3% inferior aos 2.040 processos de maio de 2012 e 14,8% menor que os 2.100 de abril deste ano.

Entre as ações ajuizadas no mês passado, 83,6%, ou 1.497 processos, ocorreram pela falta de pagamento do aluguel. Historicamente, a inadimplência é a maior responsável pelas ações locatícias.

O diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP, Jaques Bushatsky, justifica a queda no número de processos: “A redução, sem sobressaltos, é esperada desde que a lei 12.112 de 2009 começou a vigorar (em janeiro de 2010). A isso deve-se aliar o incremento dos acordos amigáveis entre as partes, que evitam a abertura de ações judiciais”.

A lei a que se refere o diretor é a nova Lei do Inquilinato, que, em linhas gerais, simplifica e agiliza a retomada do imóvel por falta de pagamento.

Bushatsky afirma que, antes de 2010, quando ainda vigorava a antiga lei, um despejo “rápido” por falta de pagamento demorava cerca de 14 meses, desde a distribuição da ação judicial até o despejo. “Desde a alteração da lei, o processo tem demorado de sete a oito meses. A consequência é uma: os inquilinos sabem que não conseguiriam ‘enrolar’ o processo, que o despejo viria rápido e que não vale a pena arcar com os gastos da contratação de um advogado por uma ação já perdida. Por isso, o melhor é celebrar um acordo”, comenta.

O Facebook decidiu que quer se transformar em um jornal para aparelhos móveis.

A rede social vem trabalhando discretamente em um novo serviço, internamente batizado de Reader (ou leitor, em português), que exibe o conteúdo de usuários do Facebook e de editoras em um novo formato visual adaptado para dispositivos como celulares e tablets, dizem pessoas a par do assunto.

O projeto, que vem sendo desenvolvido pela empresa há mais de um ano, foi criado principalmente para exibir conteúdo de notícias. As versões recentes do Reader se assemelham ao aplicativo da Flipboard para smartphones e tablets que reúne, em um mesmo ambiente, matérias de várias fontes e permite que os usuários folheiem os artigos como em uma revista, dizem as pessoas inteiradas do projeto.

Embora não esteja claro quando o Facebook estará pronto para lançar o produto, se é que o fará, o projeto Reader é um sinal de que a empresa está buscando novas formas de manter os usuários conectados mais tempo no site da rede social em dispositivos móveis e, dessa forma, possibilitar que eles vejam mais anúncios.

Um porta-voz do Facebook se recusou a comentar sobre os planos futuros da empresa para aplicativos de notícias.

Tais esforços no campo de aparelhos móveis são fundamentais à medida que o Facebook tenta dar impulso à cotação de sua ação, que permanece 35% abaixo do preço de sua abertura de capital.

Os elevados preços do mercado imobiliário já não se restringem mais aos imóveis. Vagas de garagem também têm sido vendidas a preços, no mínimo, impressionantes. No centro do Rio de Janeiro, onde a venda de vagas é mais comum, algumas chegam a ser comercializadas por mais de 100 mil reais.

Os preços são reflexos da escassez de locais para estacionar, principalmente em regiões comerciais. Com falta de vagas nas ruas e estacionamentos carríssimos, proprietários de veículos têm percebido que vale mais a pena desembolsar 30 ou 40 mil reais por uma vaga (preço comumente praticado no Rio de Janeiro) do que pagar a mensalidade do estacionamento.

O advogado Tiago Gomes comprou uma vaga por 30 mil reais no centro do Rio de Janeiro e diz que fez um ótimo negócio. “Eu esperei um ano até que houvesse uma vaga disponível para compra e logo que apareceu eu comprei. Meu escritório não tem garagem, então eu ia até o trabalho de táxi ou pagava 50 reais de diária no estacionamento”, conta.

Ele explica que no centro do Rio de Janeiro é muito comum a venda de vagas nos chamados edifício-garagem, prédios que chegam a ter até 15 andares e funcionam como estacionamentos. Alguns possuem elevadores de acesso aos andares superiores e outros rampas. Um dos exemplos é o Terminal Garagem Menezes Côrtes, que possui 16 andares e 3.500 vagas. O edifício não tem vagas à venda no momento, mas o aluguel de um box custa 746 reais por mês.

As vagas geralmente são vendidas nesses tipos de edifício ou em estabelecimentos comerciais. Em 2012, uma lei proibiu a venda e o aluguel de vagas de garagem em prédios residenciais para pessoas de fora do condomínio. A regra foi criada para garantir maior segurança aos moradores e agora a única maneira de se alugar ou vender vagas de garagem é com a aprovação de dois terços dos moradores em votação durante assembleia.

No classificado de imóveis online Zap Imóveis é possível fazer uma busca por vagas de garagem filtrando a pesquisa da seguinte forma: “Imóveis”>”Comercial”>”Tipo”>”Box/garagem”.

Investimento

Se de um lado existe a demanda, do outro existe quem ganhe dinheiro com isso. O senhor Luigi (que não quis informar o sobrenome), um italiano que vive há 12 anos no Rio de Janeiro, encara a compra e venda de vagas como investimento. O aposentado já comercializou cinco vagas de garagem no centro do Rio e sempre obteve lucro ao fim do negócio.
“Aqui no Brasil o pessoal ainda não entendeu muito esse negócio de vagas, mas na Itália era muito comum e eu já fazia esse tipo de investimento lá porque na Europa é muito difícil encontrar vaga de garagem. Em Roma, algumas são vendidas por 60 mil euros”, diz Luigi.

Eles têm tela maior que a de um celular, pesam em média 600 gramas – muito menos que os dois quilos da maioria dos notebooks – e são equipados com telas sensíveis ao toque, que permitem um uso muito mais intuitivo que os tradicionais mouse e teclado. Tudo isso colocou os tablets entre os aparelhos favoritos para consumir conteúdo e acessar a internet. Agora, à medida que se disseminam, esses dispositivos começam a expandir suas fronteiras originais e ganhar novas funções, muitas vezes inusitadas, em áreas como saúde, educação e segurança. Os equipamentos têm outro ponto a favor: os modelos mais vendidos custam bem menos que um laptop.

Segundo a consultoria IDC, foram vendidas mais de 3 milhões de unidades de tablets no país em 2012, quando o preço médio do equipamento caiu 31% em relação a 2011. Hoje, 44% das vendas são de aparelhos com preço inferior a R$ 500. Neste ano, a demanda por tablets vai ultrapassar a de computadores convencionais no Brasil, prevê a IDC.

A educação é uma das novas áreas mais férteis. No Sistema Ari de Sá de Ensino (SAS), em Fortaleza, o tablet chegou à sala de aula em caráter experimental no ano passado. Atualmente, está nas mãos de 820 alunos do ensino médio e da 9ª série do ensino fundamental, que representam 20% dos alunos dessas séries. Cada pai compra o aparelho do filho, mas a escola estuda adquirir os dispositivos a partir do ano que vem. “Estamos conversando com alguns fabricantes. Para ser usado em classe, o aparelho deve ter características específicas”, disse Andrey Lima, gestor de tecnologia do SAS. O tablet precisa ter no mínimo tela de 9,7 polegadas, autonomia de seis horas e meia e não pode acessar a internet por meio da rede 3G de telefonia móvel, para evitar que os alunos fiquem navegando na web em horários não autorizados.

Uma recente pesquisa da consultoria britânica Informa Telecoms & Media revelou que, até o fim do ano, o número de mensagens de celular enviadas por aplicativos gratuitos, como o WhatsApp, vai representar o dobro dos torpedos transmitidos no mundo. Os usuários têm optado pelos aplicativos via internet no lugar do serviço de mensagens curtas (ou SMS, na sigla em inglês), por conta da gratuidade. Em média, mostra a pesquisa, as pessoas mandam cinco torpedos por dia, contra 33 mensagens via aplicativos.

Essa é uma má notícia para as teles, que veem uma fonte de receita importante minguar. No Brasil, o cenário é diferente. Dados da consultoria Frost & Sullivan, levantados a pedido do Valor, indicam que o negócio com SMS cresceu 20,9% no ano passado, para R$ 5,2 bilhões. “Nos últimos dois anos, as operadoras passaram a oferecer o SMS dentro de um pacote de serviços, e não cobrado à parte, como costuma ser feito no exterior”, afirmou Renato Pasquini, consultor da Frost & Sullivan. “Isso diminui bastante o custo médio do torpedo, o que desestimula a migração para os aplicativos gratuitos”.

Há outro motivo que ameniza a ameaça dos aplicativos gratuitos no Brasil. Os programas precisam de smartphones para funcionar, mas esses equipamentos ainda são minoria no país. A maior parte da base é de telefones menos sofisticados, que não comportam os aplicativos, disse o consultor Jorge Monteiro, da Superfones. De acordo com a consultoria Nielsen, só 36% dos aparelhos móveis no país são smartphones.

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