Um consumidor da fabricante de eletroeletrônicos DL ligou furioso para a central de atendimento da empresa. Ele havia comprado o tablet da marca e a função Wi-Fi do aparelho simplesmente não funcionava. Depois de ouvir as reclamações do cliente, o atendente conseguiu estabelecer um diálogo. “Qual é o seu provedor de banda larga?”, perguntou. “Eu não tenho assinatura de banda larga. Por que? Precisa?”
A conversa ilustra uma situação que indica que o poder de consumo do brasileiro não acompanha a sua familiaridade com as novas tecnologias. A mais recente prova desse comportamento está na arrancada da venda de tablets no país: o aparelho se tornou o sonho de consumo da classe média, responsável pelo aumento das vendas da categoria. Este ano, segundo a empresa de pesquisas IDC, a demanda pelo aparelho cresceu 233%, para 2,9 milhões de unidades.