Moradores de um conjunto habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em Taubaté reclamam da maneira que a conta de água é cobrada. No local, a medição não é feita individualmente, por isso, o valor total do consumo é dividido entre todos os moradores.

A dona de casa Cremilda Moreira acha a divisão injusta. Na sua casa vivem apenas duas pessoas e a conta de água fica em torno de R$ 40. Para ela, como o consumo é baixo a conta deveria ser mais barata. “Lavam carro, lavam tapete e eu [gasto água] só para cozinhar, tomar banho e lavar roupa”, diz.

O conjunto é formado por 64 blocos e os hidrômetros ficam na parte de cima dos prédios. Atualmente, apenas em um bloco a medição é feira de forma individual. “Esse mês a conta veio mil e oitocentos reais, divido por igual pelos moradores e eles não aceitam. Está cada vez pior e a gente precisa dessa leitura individualizada”, afirma a cabeleireira Cinthia Fernandes.

Em outro bloco, que ainda não tem medição individualizada, os moradores fazem a divisão dos gastos de uma forma mais justa, com uma projeção dos gastos. Cada morador paga um valor próximo do que realmente consumiu.

“A gente faz a leitura, faz os cálculos e faz um rateio, porque a conta individualizada ainda não tem. Fazemos um rateio por apartamento para poder pagar a conta e não divide por igual, porque não é justo”, conta a dona de casa Sandra Moreira.

No conjunto habitacional há um equipamento que faz a leitura de cada hidrômetro, mas, segundo a CDHU, para que cobrança individual comece, é preciso que os moradores contratem um serviço de manutenção, conforme afirma o gerente regional Francisco Vieira. “Como a Sabesp trabalha no fornecimento da água e na coleta do próprio esgoto, a manutenção desse sistema é de uma empresa terceirizada. Está tudo pronto para ser operado, mas nós dependemos da anuência dos síndicos em assembleia para essa tarifa que fica conveniada. O contrato tem que ser celebrado o mais breve possível para ser operado”.

Fonte: G1

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