Uma das tarefas mais difíceis para os pais é ensinar aos filhos o valor do dinheiro. Uma pesquisa produzida pela corretora americana Charles Schwab e publicada no site Moneywatch. com demonstrou que, seja lavando a louça depois do almoço, arrumando a cama pela manhã ou tirando o lixo, quanto mais responsabilidades uma criança tiver em casa, maiores as chances de ela se tornar um adulto responsável em matéria de dinheiro.

O estudo buscou analisar o comportamento de crianças cruzando informações de dois questionários distintos. Num deles, os pesquisadores observaram se as crianças tinham tarefas em casa e quantas delas de fato eram concluídas.  O outro, direcionado aos pais, perguntava se os filhos lidavam bem com dinheiro.

A conclusão é que 53%  das crianças que tinham quatro ou mais tarefas regulares em casa foram consideradas “muito responsáveis”. Entre as crianças que lidavam com até três tarefas regulares, apenas 46% atingiram o mesmo nível. E entre os infantes que não tinham qualquer envolvimento com as tarefas do lar, só 39% desenvolveram maturidade para lidar com o dinheiro.

Em contrapartida, 24% das crianças que não participam de nenhuma atividade em casa foram classificadas “não muito responsáveis” ou “não responsáveis”. E apenas 13%  das que participam de tarefas em casa foram classificadas dessa forma.

Segundo a presidente da corretora, Carrie Schwab-Pomerantz, o objetivo da pesquisa é tentar descobrir  quais fatores contribuem para que crianças se tornem adultos bem-sucedidos. Em anos anteriores, o mesmo estudo concluiu que adolescentes que trabalham durante o verão, seja em restaurantes ou qualquer outra atividade rentável, poupam mais.

Interpretações da própria corretora sugerem que, a partir do momento em que uma criança ou adolescente percebe o quanto se trabalha para ganhar algum dinheiro, é menos provável que o gaste de maneira desordenada. Ainda segundo Carrie, se as tarefas de casa forem associadas a uma mesada, melhor.

Mas agora vamos às más notícias. O estudo mostrou que jovens adultos entre 23 e 28 anos são mais dependentes financeiramente de seus pais que nas últimas pesquisas. Nada menos que 41% dos pais entrevistados para o estudo declararam que ainda sustentam, de alguma maneira, seus filhos; e 35% esperam que seus filhos tornem-se um pouco menos dependentes de suas rendas quando atingirem os 30 anos.

Na mesma pesquisa, realizada em 2009, apenas 34% dos jovens adultos entrevistados disseram que ainda dependiam “um pouquinho” do dinheiro dos pais enquanto 25% declararam ainda viverem sob o mesmo teto que os progenitores – ou porque estavam desempregados ou porque tentavam guardar mais dinheiro.

Segundo conclusões do estudo de 2010, a grande maioria dos pais entrevistados acredita que a recessão econômica nos Estados Unidos tem, apesar de tudo, um lado bom:

– 49% consideram que o lado bom é que aprenderam a viver dentro de suas possibilidades financeiras;
– 43% declararam estar mais envolvidos com suas finanças e gastos;
– 39% acreditam que a recessão prejudicou a maneira como conversam sobre dinheiro com seus filhos;
– 34% aprenderam a economizar mais;
– 12% conseguiram pagar suas dívidas;
– Entretanto, 34% responderam “Lado bom? Você só pode estar brincando!”

Fonte: Exame

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