Conservação e boa administração aumentam o valor do imóvel na venda, enquanto o descaso na preservação pode desvalorizá-lo
Quem acompanha o mercado sabe que, nos últimos anos, o chamado “boom imobiliário” transformou a venda de imóveis em um negócio muito lucrativo, com o preço do metro quadrado subindo enormemente de acordo com a localização. Porém, para que um condomínio seja visto com bons olhos e valha um bom dinheiro no bolso é preciso atenção a alguns itens.
A corretora Nilceia Maia, da Coelho da Fonseca, acredita que os principais pontos da desvalorização são o trânsito e os altos índices de criminalidade na região, mas uma má administração também conta, podendo diminuir em até 30% o valor total do imóvel. Isso acontece porque um condomínio mal administrado tende a ser pouco cuidado, tornando-se menos atrativo.
É o descaso com uma pintura que precisa ser retocada, aquela pichação que não é retirada ou lâmpadas quebradas que não são trocadas, por exemplo.
“Todos gostam de um empreendimento bonito e bem conservado, e, quando isto não acontece, o interesse diminui, e surgem preocupações com segurança e custos de manutenção.
Nestes casos, o raciocínio natural é buscar outra opção ou pagar menos como compensação”, explica o diretor de uma administradora de imóveis, Carlos Samuel Freitas.
Um bom administrador ou síndico deve prestar atenção tanto aos itens estéticos quanto aos de segurança. Quem vai procurar um imóvel para comprar normalmente considera de imediato algumas coisas que pode ver mesmo sem estar morando no empreendimento.
“O ideal é que os condomínios sejam bem administrados e que o fator segurança seja bem monitorado por quem administra”, diz Nilceia Maia.
Outro ponto importante é a falta de licenças que garantam a completa regularização de um imóvel dentro do condomínio, o que inviabiliza a sua compra e venda por meio de financiamento, além de acarretar riscos prediais e embargo ao uso. Se não houver registro de uso, a queda do valor é de até 35%.