Projeções do Banco Central preveem que a inflação ficará acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. Boletim também reduziu expectativa do crescimento do PIB para 3,84%

A projeção de analistas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, oscilou de 6,26% para 6,28%. Para 2012, a estimativa caiu pela terceira semana seguida, de 5,23% para 5,20%. As informações constam do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base em estimativas do mercado financeiros para os principais indicadores da economia.

As projeções para 2011 e o próximo ano estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%, mas dentro do limite superior de 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso o principal instrumento é a taxa básica de juros, a Selic. Na avaliação dos analistas, essa taxa, atualmente em 12,50% ao ano, deve encerrar 2011 e 2012 no atual patamar.

O boletim Focus também traz projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que deve ficar em 5,60%, este ano, contra os 5,62% previstos anteriormente. Para 2012, a projeção continua em 4,86%. A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) permanece em 5,44%, neste ano. Para 2012, a projeção oscilou de 5% para 5,01%. No caso do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa foi mantida em 5,50%, este ano, e em 5,01%, em 2012.

A estimativa dos analistas para os preços administrados continua em 5,30% em 2011 e em 4,50%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo.
Estimativas para o PIB de 2011

O boletim também apresentou projeções para o crescimento da economia. Os analistas reduziram a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas do país, de 3,93% para 3,84%. Para 2012, a projeção do PIB foi mantida em 4%.

A estimativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, caiu de 3% para 2,96%. Para 2012, subiu de 4,30% para 4,34%. A expectativa para a cotação do dólar permanece em R$ 1,60, ao fim de 2011, e em R$ 1,65, ao final de 2012. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 22 bilhões para US$ 22,80 bilhões, neste ano, e de US$ 10,85 bilhões para US$ 12,10 bilhões, em 2012.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi mantida em US$ 57,97 bilhões, em 2011, e passou de US$ 68,25 bilhões para US$ 68,90 bilhões, no próximo ano.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permanece em US$ 55 bilhões, neste ano, e em US$ 50 bilhões, em 2012.

BC

Fonte: Época

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