A sustentabilidade chegou com força total aos grandes empreendimentos imobiliários do pais, especialmente no segmento multiúso, que combina num mesmo bairro planejado imóveis residenciais, comerciais e até escritórios.
No Brasil, o total de projetos com certificação LEED – sistema de classificação de edifícios promovido pelo Conselho de Construção Verde dos Estados Unidos – quase dobrou entre o fim de 2012 e janeiro deste ano: passou de 79 para cerca de 150.
Entre as razões para este crescimento na demanda por certificação ambiental está a possibilidade de atrair mais compradores, com a redução dos custos operacionais e de manutenção do futuro condomínio a menor necessidade de deslocamento – as moradias estão próximas do comércio e dos serviços.
“A questão da sustentabilidade é um argumento a mais na hora da venda”, explica Marcos Casado, diretor técnico e comercial da Sustentech, consultoria brasileira focada em construçâosusten el. Nos empreendimentos multiuso, a preocupação é ainda mais forte, afirma Claudio Hermolin, diretor da incorporadora PDG no Rio de Janeiro.
“É quase uma obrigação das incorporadoras pensar em soluções sustentáveis, por uma questão de sobrevi – véncia. Uma das primeiras perguntas do cliente é: com isso tudo que está no projeto, quanto vai custar o condomínio?”, diz o executivo.
Em São Paulo, a PDG e a construtora Tecnisa desenvolvem o Jardim das Perdizes, bairro planejado que ocupará uma área de 250 mil metros quadrados na Zona Oeste. “Quanto maior o projeto, maior a necessidade de incorpo – rar soluções que impactem menos o meioambiente”, acrescenta Hermolin.
Levantamento da consultoria EY (ex -Ernst & Young) indica que em 2012 o valor total dos imóveis que reivindicam o selo sustentável LEED atingiu RS 13,6 bilhões no Brasil. Enquanto nos Estados Unidos e na Europa o segmento de construção verde representa entre 20% e 30% do mercado, no Brasil este percentual está em torno de 5%, informa a Sustentech.
“Espaços multiúso apresentam soluções sustentáveis por munir um público mais atento e sele – to, por receber grande número de pessoas com os mais diversos perfis”, Rogério Santos, CEO da Real-tON, empresa de comercialização de imóveis que tem empreendimentos multiúso na sua carteira.
(Brasil Econômico)
Fonte: Secovi Rio