Comprar e vender ações pela internet vai continuar barato por muito tempo, segundo Marcio M. Cardoso, diretor da corretora Título, uma das primeiras a lançar o home broker no Brasil. O executivo, que está no cargo desde 1995 e já teve passagens pelos bancos Garantia e JP Morgan, acha que não é possível para uma corretora elevar as taxas cobradas de uma hora para outra sem perder muitos clientes. Como as corretoras precisam de escala para justificar os investimentos feitos em tecnologia, a tendência é de que os preços continuem baixos. Ele afirma que a estratégia para elevar as receitas no futuro passaria pela venda de serviços adicionais, e não por reajustes.
As taxas cobradas pelas corretoras têm caído muito no Brasil. No começo da década passada, ainda era comum que o investidor tivesse de pagar à corretora um percentual do valor da ordem. Nesses casos, quando o investidor comprava ou vendia muitas ações, a comissão acabava pesando no bolso. Para atrair os clientes com mais dinheiro, muitas instituições passaram a estipular uma taxa fixa por ordem executada. A TOV revolucionou o mercado e conquistou rapidamente milhares de clientes quando passou a cobrar apenas 5 reais por negócio há alguns anos. O movimento foi seguido por algumas corretoras, como a Icap, que hoje pratica o mesmo preço. Há duas semanas, a estratégia tornou-se ainda mais agressiva com a chegada ao Brasil da líder sul-coreana. A Mirae Asset estreou no país cobrando uma corretagem de apenas 2,90 reais por operação. A não ser para aplicações muito baixas, investir pelo home broker está, dessa forma, bem mais barato do que por meio de fundos de ações.
Fonte: Exame

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