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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro apresentou variação de 0,78% e ficou acima da taxa de 0,51% registrada em novembro em 0,27 ponto percentual. É a segunda maior taxa mensal do IPCA no ano, superada pela taxa de março, quando atingiu 0,92%. O ano de 2014 fechou, então, em 6,41%, acima dos 5,91% do ano anterior. Em dezembro de 2013, a taxa havia ficado em 0,92%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm

Transportes tiveram a maior aceleração no mês

A maioria dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, conforme a tabela a seguir, mostrou aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro.

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As passagens aéreas, cujo impacto foi de 0,20 ponto percentual no índice, o item carnes, com 0,10 p.p., e arefeição fora de casa, com 0,07 p.p., foram os principais destaques individuais do mês. Somando 0,37 p.p. esses itens se apropriaram de quase a metade do IPCA do mês, 47%.

A elevação das passagens aéreas atingiu 42,53% e levou Transportes para 1,38%, o maior resultado de grupo no mês. Entre as regiões pesquisadas destacam-se Salvador e Campo Grande, ambas com 54,82%. No entanto, mesmo com o expressivo aumento de dezembro, o item fechou o ano com 7,79% já que haviam registrado queda de 24,37% no acumulado até novembro.

Etanol (1,31%), automóvel novo (0,69%), ônibus intermunicipal (0,64%) e gasolina (0,61%) também são destaques no grupo Transportes. Na gasolina, a variação de 0,61% é reflexo, nas bombas, de parte do reajuste de 3,00% ocorrido nas refinarias desde 07 de novembro. No caso do etanol, o aumento de 1,31% já manifesta o início da entressafra da cana-de-açúcar.

No grupo dos alimentos, vários deles ficaram mais caros de novembro para dezembro, sobressaindo ascarnes, 3,73% mais caras, e a refeição fora de casa que subiu 1,41%. O feijão com arroz, prato típico do brasileiro, também ficou mais caro. Os feijões chegaram a subir 9,26%, em média, enquanto o arroz ficou mais caro em 1,81%. A seguir, os principais produtos em alta.

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Vestuário, com alta de 0,85%, foi pressionado tanto pelas roupas masculinas quanto femininas, ambas com 1,21%. As Despesas Pessoais, 0,70%, foram impulsionadas por serviços como: excursão (2,05%), manicure(2,03%), cabeleireiro (1,74%) e empregado doméstico (0,76%).

Saúde e Cuidados Pessoais (0,47%) e Artigos de Residência (0,00%) foram grupos que também apresentaram resultados acima daqueles registrados em novembro. Em contrapartida, Habitação (0,51%),Educação (0,07%) e Comunicação (0,00%) registraram taxas inferiores às do mês anterior.

Rio de Janeiro tem a maior alta no IPCA em dezembro (1,39%)

Dentre os índices regionais o maior ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (1,39%), pressionado pelo item energia elétrica, cujas contas subiram 3,46% em função do reajuste de 17,75% em uma das concessionárias desde o dia 07 de novembro. O item empregado doméstico também teve alta expressiva noRio de Janeiro, de 1,83%. Além disto, o aumento nos preços dos alimentos consumidos fora de casa superou a média nacional, atingindo 2,28%. As regiões metropolitanas de Recife (0,42%) e Belo Horizonte(0,44%) apresentaram os índices mais baixos do mês, destacando-se os alimentos, que ficaram em 0,72% e 0,63%, respectivamente. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

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Em 2014, Habitação teve maior variação, Alimentação e Bebidas o maior impacto

O IPCA do ano de 2014 situou-se em 6,41% e ficou acima do IPCA de 5,91% relativo a 2013 em 0,50 ponto percentual. Enquanto as despesas com Habitação foram as que mais aumentaram, superando em 8,80% o que se gastava em dezembro de 2013, o grupo Comunicação ficou com queda de 1,52%. A tabela a seguir mostra os grupos de produtos e serviços pesquisados:

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Nas despesas com Habitação (8,80%), que gerou impacto de 1,27 p.p no índice, sobressai a energia elétrica, cujas contas subiram 17,06%, em média, enquanto haviam apresentado queda de 15,66% em 2013. Em 2014, a variação chegou a 28,76% na região metropolitana de Belém e 28,18% em Vitória. Os menores aumentos foram registrados em Campo Grande e no Rio de Janeiro, com 9,31% e 9,95%, respectivamente. Ainda no grupo Habitação, outros itens relevantes no orçamento das famílias ficaram mais caros, a saber: artigos de limpeza (10,74%), mão de obra pequenos reparos (10,02%), aluguel residencial (9,35%), condomínio(7,59%) e gás de cozinha (4,86%).

Embora Habitação (8,80%) tenha liderado as variações de grupo, foi Alimentação e Bebidas, cuja alta ficou em 8,03%, que liderou o ranking dos impactos, com 1,97 p.p. Juntos, estes dois grupos foram responsáveis por 51% do IPCA do ano, somando 3,24 p.p. A alta dos alimentos vem sendo observada nos últimos anos, tendo mostrado certo recuo de 2013 para 2014, ao passar de 8,48% para 8,03%.

As despesas com Alimentação e Bebidas (8,03%) se encarregam de parte significativa do orçamento das famílias (24,86%) e os preços dos principais produtos consumidos aumentaram em todas as regiões pesquisadas, sobretudo em Goiânia, onde a alta foi de 10,69%, seguido do Rio de Janeiro, com 10,02%. Foi em Vitória, que ficou em 6,07%, onde os alimentos aumentaram menos.

Considerando somente os alimentos adquiridos para consumo em casa, a alta foi de 7,10%. Vários produtos ficaram mais caros de um ano para o outro, destacando-se a alta de 22,21% no item carnes, o mais elevado impacto individual no IPCA do ano, detendo 0,55 p.p. Encontram-se a seguir os principais aumentos:

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Sobre os alimentos consumidos fora de casa, a taxa de crescimento foi maior, ficou em 9,79%. O itemrefeição fora, com aumento de 9,96%, se colocou no segundo lugar dos principais impactos, com 0,50 p.p. Mas não foi só a refeição, a maioria dos itens relativos à alimentação fora aumentaram, conforme mostra a tabela a seguir:

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Apesar da alta registrada em Alimentação e Bebidas, alguns produtos ficaram mais baratos em 2014, conforme mostra a tabela a seguir:

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A segunda maior variação de grupo foi registrada em Educação, que fechou 2014 em 8,45%. As mensalidades dos cursos regulares aumentaram 8,87%, enquanto os cursos diversos (idioma, informática, etc.) ficaram com 8,09%.

A seguir vieram as Despesas Pessoais, com alta de 8,31%. Pelos serviços dos empregados domésticos as famílias passaram a pagar rendimentos mais elevados em 10,54%. Outros itens que pressionaram o grupo foram hotel (10,42%), manicure (9,73%), jogos lotéricos (9,05%), cabeleireiro (8,39%), cigarro (7,20%) eserviços bancários (6,32%).

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que fechou o ano em 6,97%, foi pressionado pelo item plano de saúde(9,44%), cujas mensalidades continuaram em elevação. Além dele, registraram-se também altas nos preços dosserviços médicos e dentários (8,88%), dos serviços laboratoriais e hospitalares (6,44%), dos artigos de higiene pessoal (6,25%) e dos remédios (4,93%).

Os Artigos de Residência, com taxa de 5,49%, apesar da queda de 5,55% no item TV, Som e informática, tiveram influência de fortes aumentos nos preços de outros itens como eletrodomésticos (10,59%) e conserto de artigos de casa (10,01%).

Os grupos Transportes (3,75%), Vestuário (3,63%) e Comunicação (-1,52%) foram os que apresentaram as menores variações em 2014. O grupo Transportes, por se constituir no segundo de maior peso no orçamento das famílias (18,43%) e registrar variação bem abaixo da média, teve forte influência na formação do IPCA do ano. As tarifas dos ônibus urbanos situaram-se em 3,85%, com ocorrência de reajuste em sete das 13 regiões pesquisadas. Os resultados foram:

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Nos combustíveis, a variação ficou em 2,94% e também influenciou o IPCA do ano. O litro da gasolina ficou com preços 2,89% mais altos nas bombas, na maior parte em consequência do reajuste de 3,00% ocorrido nas refinarias em 07 de novembro. Já o etanol apresentou taxa de 1,97%.

Quanto aos preços dos automóveis, enquanto os novos subiram 4,62%, os usados ficaram 2,10% mais baratos. Já o serviço de conserto de automóvel teve elevação de 8,59%.

Rio de Janeiro tem a maior alta do IPCA em 2014 (7,60%)

Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (7,60%), pressionado pelos itens empregado doméstico (13,78%), refeição fora (11,61%) e aluguel residencial (11,07%). Já o índice mais baixo foi o de Salvador (5,76%), onde os alimentos consumidos em casa apresentaram a taxa de 4,52%, bem abaixo do resultado nacional (7,10%). Os índices por região pesquisada são apresentados na tabela a seguir:

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O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de outubro a 27 de novembro de 2014 (base).

INPC varia 0,62% em dezembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,62% em dezembro, acima do resultado de 0,53% de novembro em 0,09 ponto percentual. Com isto, o ano de 2014 fechou em 6,23%, acima da taxa de 5,56% relativa ao ano anterior. Em dezembro de 2013 o INPC havia ficado em 0,72%.

Os produtos alimentícios se apresentaram com 1,08% em dezembro, enquanto em novembro a taxa foi de 0,75%. O agrupamento dos não alimentícios variou 0,42% em dezembro, próximo aos 0,43% em novembro.

Dentre os índices regionais, os maiores ficaram com o Rio de Janeiro (1,17%) e Goiânia (1,13%), onde osalimentos chegaram a subir 2,30% e 2,63%, respectivamente. No Rio de Janeiro houve pressão, também, da energia elétrica (3,48%) em função do reajuste de 17,75% em uma das concessionárias desde o dia 07 de novembro. A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.

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O INPC fechou o ano de 2014 com taxa de 6,23%, acima dos 5,56% de 2013 em 0,67 ponto percentual. Osalimentos tiveram variação de 7,80% enquanto os não alimentícios de 5,51%. Em 2013 os alimentos subiram 8,03% e os não alimentícios 4,54%. Os resultados por grupo foram:

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Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (7,62%) pressionado pelos itens ônibus urbano (9,09%), refeição fora de casa (11,61%) e aluguel residencial (11,07%). Já o índice mais baixo foi o de São Paulo (5,48%) em virtude, principalmente, da queda de 27,84% nas tarifas deágua e esgoto. A tabela a seguir contém os índices por região pesquisada.

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O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2014 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de outubro a 27 de novembro de 2014 (base).

Comunicação Social
09 de janeiro de 2015

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